sábado, 31 de julho de 2010

Feliz Dia Mundial do ORGASMO!!!!!!


Gente, depois de meio mês escrevendo sobre violência, devo confessar já não aguentava mais...  Eu tenho um lado muito engraçado que prezo muito, pois sou também muito intensa, então se eu não contra-balanço ficou assim meio desbalançada mesmo!

Os assuntos sérios são muito importantes de serem discutidos e falados para que assim possamos gerar mudanças interessantes e necessárias na nossa vida e na sociedade. Mas ontem ao ouvir no programa Happy Hour da GNT, que eu curto muito e acho bem interessante, que hoje dia 31 de Julho é O DIA MUNDIAL DO ORGASMO, não pude deixar de sorrir e pensar: "É assim que darei meu rebound...."  Pois, e por acaso, alguém conhece algo melhor do que um bom orgasmo ???  Suado, gritado, gemido, trabalhado ali com um companheiro que no mínimo te enche de tesão??? Eu não!

Nem sempre contudo, temos a vantagem e o prazer de estarmos acompanhada de tal criatura. Infelizmente às vezes, e muitas vezes....hahahaha.... temos que nos virar sozinhos. Então, meus parabéns a todos vocês seres independentes que podem também celebrar o dia mundial do orgasmo sozinhos! É muito bom nos conscientizarmos que sempre podemos nos dar prazer, seja sozinha ou acompanhada!

Eu tenho meus brinquedos!  Adoro e acho super útil!  Tenho um "rabbit", estilo Sex and the City, que é bem legal e certeza de satisfação e nunca seu dinheiro de volta! Gente, impressionante! E tenho um brasileirinho, de silicone, vermelho....ai.... eu adoro!  Gosto mais mesmo que do "rabbit" que é meio irreal com aquele estimulador de clitóris imenso! (apesar de que como disse anteriormente satisfação SUPER GARANTIDA!).  O Brasileirinho (resolvi chamá-lo assim carinhosamente, pois sempre valorizei muito o produto nacional! hahahahaha...) tem bom tamanho, boa grossura e a textura é impressionantemente parecida com o produto real. E a gente pode sempre brincar com o clitóris sozinha mesma usando o brasileirinho, ui!

Uma vez, na cama, com um de meus melhores companheiros, talvez o homem que mais amei na vida, talvez nada, foi ele mesmo, confessei que como tínhamos nos separado e eu andava meio devagar na cena, tive que me arranjar sozinha e então marchei ao sex shop e me servi de qualidade e quantidade! Ele com a maior cara de sacana do mundo (gente porque vcs acham que foi o homem que mais amei na vida? Só por causa dos olhos azuis.... well não, nossa química sexual era inenarrável!) me perguntou: "Posso ver?" Bom, eu quase pulei em cima dele de tesão.... tirei a bolsinha preta do guarda roupa e mostrei assim meio de longe, afinal sou sem vergonha mais nem tanto...hahahaha... A cena foi cômica, ele quase engasgou quando viu o rabbit e gritou: "NOSSA....Fiquei até constrangido", bom, eu caí na risada.... tem coisa que deve ser mesmo bem difícil para os homens né? Então lhe disse: "Não precisa não amor.... o seu me faz super feliz, aliás mais feliz que todos..."(Gente, sempre acreditei em feedback positivo!!!, e podem ter certeza funcionou pra caramba...ai!).


Enfim, neste dia mundial do orgasmo, desejo a todos vocês um feliz orgasmo, seja ele sozinho ou acompanhado. Afinal, amor, sexo, tesão, paixão, são muito importantes na vida e deixam a gente tão mais feliz, a pele boa, o sorriso bobo, o olhar leve e as palavras mais doces!

Beijocas,

Mari.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A descoberta de doença em casa

Atendi ao telefonema da minha irmã, que mora fora, e achei estranho. Ela me contava que mamãe estava sangrando a cada vez que ia ao banheiro. Imediatamente, liguei pra pra saber o que estava acontecendo. Minha mãe é uma mulher orgulhosa, que vive há anos sozinha e acha que pode resolver tudo, absolutamente tudo na vida, sem pedir a ajuda de alguém. Vai até o limite das coisas, o que nem sempre é legal. Você pode viver sozinha, mas deve ter sempre pessoas especiais com quem contar à sua volta.

Liguei e evitei dar uma bronca nela, como costumo fazer nessas horas, pelo fato de a situação ser delicada. Apenas perguntei o que estava acontecendo e, de bate pronto, fui com ela marcar os exames. Afinal, minha avó, mãe dela, morreu de câncer na região do reto e isso me ascendeu o alerta.

Na terça passada, fomos fazer o exame de colonoscopia. O resultado: mamãe está com um tumor maligno. Ao que tudo indica, câncer. "A doença da moda", como costumava dizer minha avó. Muitos de vocês que estão lendo essas linhas agora conhecem alguém que já teve câncer nas mais diversas regiões. Conhecem pessoas que superaram, os "cancer survivers", conhecem pessoas que morreram, ou que estão no meio do tratamento. Essa não é a primeira vez e não será a última que conhecerei alguém com câncer. A diferença, claro, é que dessa vez é a minha mãe.

Minha mãe vive sozinha, com eu disse. Não tem mais mãe, não tem mais pai e, como já contei aqui no blog, é separada há 26 anos. Ela tem a mim e a minha irmã, que está fisicamente longe nesse momento. O que eu tenho pensado nesses últimos dias é que tudo à minha volta agora deve ficar para depois. Eu devo ser forte para cuidar dela, dar apoio, suporte, levá-la para onde for preciso. O resto é resto. E, conhecendo bem minha forte mãe, ela vai sair dessa mais cedo do que esperamos.

Mamis é dessas pessoas determinadas, que tanto gosto. Já enfrentou muita coisa ruim na vida. Muita mesmo. Cuidou de duas filhas sozinha. Não se intimidou com a falta de grana em casa, com a ausência de um marido, ou a presença de um pai distante como o meu foi na minha infância.

Nunca faltou comida em casa, mas chegamos bem perto disso várias vezes. Até hoje me embrulha o estômago sentir cheiro de sopa de feijão _ única comida por meses em casa. Quem passou fome, sabe do que estou falando. Qualquer outra coisa que te aconteça parece menor. Portanto, a palavra câncer não me assusta. Muito menos a minha mãe. Tenho certeza de que ela vai encará-lo com toda a força do mundo. E, no final,  vencerá. E conto com a força dos amigos, claro. E quem não me conhece e está lendo isso agora, conto com boas orações e energias. Afinal, como eu disse no início, a gente pode morar sozinha, mas nunca, nunca, deixar de se cobrir do carinho das pessoas queridas.

Irma

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Finalizando..."Lei Maria da Penha"


Para finalizar os meus posts sobre a violência contra a mulher, escolhi terminar falando um pouco sobre a Lei Maria da Penha.  Pra quem ainda não sabe a Sra.Maria da Penha levou um tiro do marido pelas costas e ficou paraplégica. Ela foi agredida pelo marido durante seis anos. Em 1983, por duas vezes, ele tentou assassiná-la. Na primeira com arma de fogo, deixando-a paraplégica, e na segunda por eletrocução e afogamento. O marido de Maria da Penha só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime fechado.

Isso não acontece mais no Brasil por causa desta lei.  Temos direitos agora garantidos pela Constituição.

Foram muitos os avanços legais trazidos pela Lei Maria da Penha, entre eles:

- a definição do que é violência doméstica, incluindo não apenas as agressões físicas e sexuais, como também as psicológicas, morais e patrimoniais;
- reforça que todas as mulheres, independentemente de sua orientação sexual são protegidas pela lei, o que significa que mulheres também podem ser enquadradas – e punidas – como agressoras;
- não há mais a opção de os agressores pagarem a pena somente com cestas básicas ou multas. A pena é de três meses a três anos de prisão e pode ser aumentada em 1/3 se a violência for cometida contra mulheres com deficiência;
- ao contrário do que acontecia antigamente, não é mais a mulher quem entrega a intimação judicial ao agressor;
- a vítima é informada sobre todo o processo que envolve o agressor, especialmente sobre sua prisão e soltura;
- a mulher deve estar acompanhada por advogado e tem direito a defensor público;
- podem ser concedidas medidas de proteção como a suspensão do porte de armas do agressor, o afastamento do lar e uma distância mínima em relação à vítima e aos filhos;
- permite prisão em flagrante;
- no inquérito policial constam os depoimentos da vítima, do agressor, de testemunhas, além das provas da agressão;
- a prisão preventiva pode ser decretada se houver riscos de a mulher ser novamente agredida e
- o agressor é obrigado a comparecer a programas de recuperação e reeducação.

Além disso, a lei prevê Juizados Especiais de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher para julgarem os crimes e definirem questões relativas a divórcio, pensão e guarda dos filhos, por exemplo. A medida é importante, pois retira a competência dos juizados especiais criminais (como previa a lei 9.099, de 1995), que entendiam a violência doméstica como um crime de menor potencial ofensivo. No entanto, “as violências em família são sérias, mulheres têm perdido a vida por causa disso”, lembra Eunice Prudente.

Outro ponto positivo da Lei Maria da Penha é que ela cria dificuldades para que as mulheres voltem atrás em suas denúncias, afinal é grande o número de vítimas que retiram a queixa de agressão após sofrerem ameaças do companheiro ou ouvirem mais um pedido de desculpas. Desde 2006, a mulher só pode desistir da denúncia na frente do juiz, em audiência marcada exclusivamente para esta finalidade. (Planeta Sustentável - 06/03/2009 - Thaís Prado)

Acho importante para as mulheres em geral saberem o que é a lei e o que ela garante.  Somente quando as pessoas estão conscientes elas agem para melhorar o mundo em que vivem.

Com todos estes post sobre violência em relação à mulher e à família meu intuito foi que abramos nossos olhos para o que é mesmo violento.  Para que não finjamos que não está acontecendo quando as evidências são tão óbvias.  Enfim para que lutemos para que isto mude e que nossos filhos e netos sejam diferentes e vivam num mundo menos violento, com muito mais amor, respeito e igualdade, de gênero, número e grau!!!

beijocas,

Mari.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O amor não tem hora pra chegar


Foi a notícia mais lindinha que li hoje nos jornais. Após cortejar durante quatro anos a companheira de asilo Valerie, de 87 anos, o persistente Henry, de 97 anos, casou-se com ela no domingo passado. Sim, aos 97 anos, esse velhinho, que eu queria muito conhecer, casou-se com direito a festa para 80 convidados no asilo onde os dois se conheceram em Londres.

Henry contou aos jornais que quando pediu a mão de Valerie pela primeira vez, ela "caiu em uma gargalhada histérica". E só aceitou quando ele deixou claro que não pediria novamente. Não é demais? Valerie pediu um tempo para pensar e Henry deixou claro que não haveria segunda chance. E, certo do que ele queria, Henry tornou possível um sonho que muita gente acharia impossível.

Em 2006, aos 99 anos, Oscar Niemeyer casou de papel e tudo com Vera Lúcia, 60 anos, sua secretária, com quem ele mantinha um namoro há 20 anos. Na época, Niemeyer ligou para o neto, Kadu, de 52 anos, e comunicou: "Me casei com Vera Lúcia". Simples assim. Afinal, aos 99 anos, quem foi que disse que é preciso consultar a família para tomar qualquer decisão? “Ele tem que fazer o que quer. É o desejo dele. A gente tem que admirar a disposição dele e torcer pela felicidade dos dois”, disse o neto à época em entrevista. Não é lindo?

Os dois velhinhos nos ensinam que a vida não tem hora pra começar. E a gente aqui aos 30, 40, 50 anos achando que não é mais hora de fazer grandes voos, grandes mudanças. Histórias de amor não têm hora, nem idade, nem lugar certo para acontecer. Nunca é tarde pra ser feliz.

Irma

terça-feira, 27 de julho de 2010

A geografia, a religião e as impossibilidades!


Sempre digo a alguns amigos que o grande segredo da vida é uma questão geográfica, afinal tudo, praticamente tudo mesmo, vai depender de ONDE VOCÊ NASCEU!

A sua nacionalidade pode destinar suas escolhas, suas razões, suas vivências; e pode ser muito triste mesmo.

Fico pensando que chance tiveram as meninas na Ásia, Indonésia, Índia que foram praticamente obrigadas a se tornarem prostitutas crianças. Ou as meninas que foram circuncisadas (retirada do clitoris) na África por motivos culturais e religiosos de suas famílias. Ou meninas que tiveram que usar a burca sempre, cujos pais morreram e hoje suas mães ou outras mulheres da família, por não poderem trabalhar pois são mulheres se tornaram mendigas (esta última história assisti num filme iraniano chamado Osama, quase morri de tristeza!).

Então, fico pensando, Minha Deusa, se não tiver outras vidas ou reencarnação é tudo muito injusto!!!! Quase inconcebível!

Nós temos sim vários problemas aqui mesmo em nosso Brasil. Não, não estou tapando o sol com a peneira. Temos educação e saúde de baixíssima qualidade para as classes menos favorecidas, o que para mim constitui uma das maiores violências políticas existentes. Temos prostituição infantil, o que é escabroso e um problema seriíssimo em alguns lugares do Brasil, pois as meninas muitas vezes acham a vida melhor sendo prostitutas, do que a vida que levavam antes, pois os clientes as tratam melhor do que eram tratadas por suas famílias e conhecidos. Temos tráfico de mulheres. Temos tráfico de drogas, que muitas vezes se utilizam de crianças e adolescentes para executar serviços e muitas outras formas de violência. E alguns problemas que são também já predestinados pela situação geográfica de seu nascimento aqui dentro do Brasil. Qual seu estado? Qual seu bairro? Qual seu CEP??

Às vezes, fico pensando que para algumas pessoas não existe escolha. 

A religião também pode ser uma alavanca de repressão incomensurável e destruidora, principalmente das mulheres. O que dizer do Taliban, das judias ortodoxas, das palestinas da Faixa de Gaza, das Católicas conservadoras, das protestantes, das hindus ???

Não sei realmente se todas têm escolhas.

Mas nós, que estamos lendo e escrevendo neste blog, temos. E como disse a Irma ontem, a determinação te leva aonde você quiser ir. Pelo menos não precisamos e não devemos ser vítimas de mais violência e precisamos falar e nos rebelar contra ela! Precisamos de mulheres fortes, independentes, conquistadoras, determinadas e vencedoras. Este é o exemplo que devemos e estamos dando às nossas meninas, para que elas saibam e entendam que aos poucos iremos sim MUDAR O MUNDO TODO!!! E nenhuma menina vai mais, por ordem de sua posição geográfica, fazer nada que não queira!

beijocas,

Mari

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A bailarina e a determinação




Eu adoro histórias de pessoas determinadas, persistentes, que quando querem alguma coisa correm atrás e lutam até a última gota de suor. Muito cedo, eu aprendi que determinação é ingrediente básico para quem quer ter sucesso.


Aos 3 anos, meu pai me inscreveu numa escola de ballet perto de casa, no Butantã. O ballet foi indicação da minha pediatra. Como meus pezinhos eram tortinhos, ela recomendou a botinha ortopédica ou ballet, o que, segundo ela, era melhor, mas demoraria mais tempo.

Papai não teve dúvida, bateu à porta da escola e ofereceu à dona propagandas do local _ ele vendia placas e faixas àquela época_ em troca da mensalidade. A mulher topou. E eu estudei na Miriam Ballet, no coração da Vila Gomes, dos 3 aos 18 anos de idade. Eu simplesmente amava a dança clássica. Levava muito a sério. Não comia muito para não engordar -nessa época, pesava 45 quilos _, não tomava sol para não ficar com marca de biquíni (coisa proibida para uma bailarina) e era extremamente rigorosa nos treinamentos. Cheguei a treinar cinco vezes por semana, mais de três horas de aula por dia. E nos treinos, eu colocava um saco de arroz, aqueles grossos, dentro do colã para suar muito a ponto de evitar ter barriga.

O problema é que eu nunca fui uma boa bailarina porque não desenvolvi o chamado "colo de pé", necessário para dançar com as sapatilhas de ponta (aquelas com gesso que fazem a bailarina flutuar). Minha professora alemã, Claudia, que dava aulas no Municipal, disse que nunca tinha visto um caso igual ao meu. "É raro! Você não tem força nos pés para subir na ponta", ela repetia. Mas isso não a fez desistir de mim. E nem eu de dançar.

Após os treinos, ela me deitava no chão e encaixa meus pés no vão de um armário branco, pra meus pés criarem forçadamente a tal dobradura. Eu ficava lá, obediente, horas, enquanto as outras dançavam. A rigorosa alemã e sua discípula incansável. Foram anos assim. Cheguei a dar aulas de ballet, mas, claro, uma hora parei tudo e fui fazer faculdade.

Ainda tenho guardada até hoje a lembrança de uma apresentação de dança no teatro João Caetano. Ao final, nós, seis bailarinas, chorávamos de alegria abraçadas à ela por tudo ter dado tão certo. Eu chorava de soluçar por tudo ter sido perfeito, apesar do meu medo de não conseguir subir na ponta, de meus pés não respeitarem meu cérebro, meu desejo de dançar foi maior. E aquele dia foi o ponto alto da dança pra mim. Eu descobri que eu podia!

A disciplina e determinação do ballet ajudaram a formar minha personalidade. A Claudia me ensinou que mesmo sem o dom, mesmo sem capacidade, sem técnica, mesmo com medo de não conseguir, quem quer muito alguma coisa pode muito bem consegui-la. Basta ser determinado e ir atrás. Quando ela nos deixou para uma turnê internacional, Claudia me deu uns papéis xerocados sobre a vida da bailaria russa Maya Plisetskaya (na foto acima) e circulou um trecho que falava sobre ser "predestinado". Não me lembro das palavras exatas, mas tenho memorizado o contexto: ser predestinado é ir atrás do seu sonho, custe o que custar.

Zoe, esse texto é pra você! Após nossa conversa, pensei que você, como eu, é muito determinada. E vai conseguir o que quer em breve, tenho certeza.

Irma

domingo, 25 de julho de 2010

Quando o auto boicote é o gerador da violência!





Quando somos pequeninas muitas ideias nos são incutidas e, graças às Deusas, temos a oportunidade de pensar sobre elas e muitas vezes irmos mudando nossos conceitos e nossos objetivos.  Em diversas ocasiões nos damos conta de que o que nos ensinaram não era necessarianemente o correto, o mais justo ou mesmo o mais sensato.  E algumas vezes mudamos. Outras vezes, contudo, vamos vivendo, acreditando naquelas verdades alheias que por ventura se fizeram nossas e escolhemos acreditar. 

Eu digo isso porque muitas vezes, em nosso íntimo, nas nossas entranhas, sabemos que existe alguma coisa errada alí e mesmo assim optamos pela continuação do que não é legal de uma maneira geral. Por exemplo, e vou dar em exemplo bem bobinho, quando eu era adolescente, eu ajudava minha mãe com as tarefas de casa.  Acontece que como muitos de vocês já sabem eu tinha quatro irmãos, e eles não ajudavam em NADA.  Era como se o mundo e todas as mulheres tivessem essa obrigação para com eles.  Eu me achava vítima e injustiçada e tinha um ódio mortal de minha mãe por me obrigar a fazer tudo sozinha, de meu pai por achar aquilo certíssimo e de meus irmãos que muitas vezes deitavam na sala para assistir televisão, ou iam brincar, ou iam ao clube.

Eu sempre falava pra ela que eles deviam ajudar e ela vinha com aquele discurso babaca de que eles eram homens e que serviço doméstico era serviço de mulher.  Minha mãe nunca trabalhou fora depois que se casou, apesar de ser professora, foi uma escolha dela e de meu pai, mas ela estava enfiando minha goela abaixo aqueles conceitos que já bem pequenina eu não concordava.  Até que um dia, aos berros, eu disse que não mais arrumaria as camas deles, que eu arrumaria a minha e que se ela quisesse criar aqueles tipos de homens que pensam que mulheres são suas serviçais era uma opção dela e eu não compactuaria com aquilo.  E aos gritos continuei para ela e meu pai que "criar machos era muito fácil, a natureza já tinha feito seu papel e era só ter um pinto, agora criar HOMENS, isso sim é que era díficil e exigia mais do que o PINTO, era preciso pensar e ter consciência.

 Eu tinha 16 anos, tenho muito, mas muito orgulho mesmo de mim mesma por isso.  Acho que foi a primeira vez que eu "aos berros" quebrava a corrente de vítima que me aprisionava.  A partir de então minha mãe fez meus irmãos arrumarem suas próprias camas. E eu vi meu pai uma vez falando pra um de meus irmãos: "Ser macho é muito fácil, você já nasceu com um PINTO, quero ver você se tornar um HOMEM"!!!, e olhou pra mim e deu uma piscada!!! (Vocês entendem por que eu adoro o meu pai???? Ele ouvia!).

Eu ainda continuei fazendo muito mais serviços domésticos do que eles, mas todos os meus quatros irmãos sabem cozinhar, e organizar suas vidas e hoje, todos ajudam suas esposas em casa e com seus filhos, assim como elas também os ajudam etc.  Nada é perfeito, mas até que é bem bacana.

Esse auto boicote que eu cito no título é não se dar a voz, não se dar a chance, concordar com o que intimamente você não concorda, fazer o que intimamente você não quer fazer, rir de coisas que intimamente você não acha graça, e simplesmente ser VÍTIMA! O que é o maior convite à violência.

Se você não concorda, não aceita, não acha certo ou justo; não faça, não aceite, não compactue, não dê continuidade!

Não boicote suas mensagens interiores, pois até a Cinderela já está mudando de ideia!!!!

beijocas,

Mari.

sábado, 24 de julho de 2010

Se divertir com o homem errado

Sandra é uma pessoa feliz, feliz. Pelo menos aparentemente. Vive a rir da vida e a sorrir a cada pessoa à sua volta. Muita gente gosta dela, eu, inclusive, que convivo pouco com ela. Talvez porque Sandra tenha coisas muito parecidas comigo (a vontade de viver e o dom do riso fácil). A novidade é que Sandra está namorando um grande amigo meu, Tadeu.

Tadeu é absolutamente encantador. Tem apenas 24 aninhos. E uma cabeça de deixar Sandra, aos 40, e qualquer outra mulher apaixonada. Tadeu é engraçado, gentil, doce. Tem grandes qualidades. Ainda lembro quando ele me disse que estava saindo com Sandra, há uns sete meses. Ele estava assustado com a diferença de idade e eu o encorajei a ir fundo, a levar em conta seu coração.

Os dois estão juntos e pelo que vi, semana passada, felizes, com manifestações públicas de carinho e amassos. Mas ouvi de uma amiga comum uma frase de Sandra sobre Tadeu: quando o homem certo não aparece, a gente tem que se divertir com o errado. A frase não foi dita a mim, então, posso cometer a injustiça de fazer um comentário sobre algo sem contexto. E, no fundo, até acho a frase engraçada. Melhor se divertir a ficar à espera do príncipe encantando em casa, chorando sozinha ao sofá. Confesso que até ri.

Mas a julgar pelo tempo em que os dois estão juntos _ sete meses_ acho que a frase de Sandra está errada no que se refere a Tadeu. Me parece que ela achou o homem certo. Talvez esteja com medo de se jogar, de encarar os fatos de que o príncipe pode ter apenas 24 aninhos. Eu só espero que os dois se divirtam pelo tempo que tiver que durar. E acredito que ele seja o homem certo no momento atual. O melhor que os dois fazem é mesmo se divertir. Afinal, o  futuro a Deus pertence!

Irma

sexta-feira, 23 de julho de 2010

"Divórcio é como homicídio"

Essa semana ouvi duas frases que me marcaram.  As duas são sobre divórcio e, no final das contas, traduzem a mesma ideia. Que separação é como a morte de alguém.

A primeira ouvi de um homem. Um amigo que está se separando falava da sua dificuldade em deixar a mulher. Ao ouvir isso, um amigo dele, já separado, lhe disse a seguinte frase: se separar  é como cometer um  homícidio. Você "mata a pessoa"e não vê mais. Achei isso forte demais.

A outra frase, ouvi de uma mulher. Uma amiga que se separou e casou novamente. Ela disse que "divórcio é como a morte, se você não enterra, o fantasma fica rondando". Também achei isso forte.

Pensei, pensei, pensei sobre tudo isso e vejo um fundo de razão nas duas opiniões. O fim de uma relação, de um casamento, de anos de história é como a morte de alguém _ainda que simbolicamente. Você passa por todas as etapas de um funeral: primeiro é preciso cair a ficha de que a pessoa se foi, que você não vai mais vê-la, encontrá-la; depois você vive o luto, a saudade, a falta que a pessoa faz na sua vida; até que tempos depois, sua vida volta ao normal e a pessoa fica na lembrança (claro que, em muitos casos, o (a) ex vira um enconsto, que não desencarna nunca).

Não é à toa que muita gente diz que a dor da separação é, sim, comparada à da morte de um ente querido. Mas é também um ritual de passagem, de aprendizado e pode ser um ato de amor. Hoje, quando lembro do meu avô, que era um pai para mim, penso nas coisas lindas que vivemos juntos e que vão ficar pra sempre comigo.

Com a separação deveria ser a mesma coisa. É preciso viver o luto e deixar a "pessoa ir em paz". Enterrar de vez os "mortos"e tocar a vida adiante. Sem ponto final, a pessoa nunca deixará de ter esperanças e isso é de um egoísmo e de uma crueldade sem fim.

Na minha experiência, tenho o exemplo dos meus pais. Meu pai saiu de casa quando eu tinha 6 anos de idade. Ele e minha mãe eram crianças, tinham 21 anos. Minha irmã tinha apenas 3 anos. Meu pai foi levando as roupas devagarinho, até que um dia partiu. Ele já estava namorando outra mulher, mas escondeu isso da gente, por motivos que aqui não me cabem julgar. Ele foi viver a vida dele e hoje é muito feliz ao lado da mulher dele e dos três filhos. Admiro o meu pai por ter tido a coragem de ser feliz.

Mas a forma como ele se divorciou da minha mãe foi cruel. Ele continuava saindo com ela, transando com ela, dando a esperança de que um dia poderia voltar. Afinal, qual mulher que ama um homem não pensaria assim? Ele ligando, a procurando, levando ela pra sair. Minha mãe achava que ele estava em dúvida, mas que um dia voltaria. Não voltou. E ela não refez a vida dela. Hoje, aos 53 anos, poderia estar casada, mas não está. Passou a juventude dela sem enterrar os mortos.

Por isso, penso que o amigo do meu amigo está certo. Apesar da frieza ao comparar o divórcio a um homicídio, é melhor matar de vez o sonho e enterrar a pessoa. Deixar as boas lembranças vivas em nome da amizade e do respeito, que sempre devem existir. E evitar que o fantasma fique rondando, te impedindo de seguir adiante e ser feliz.

Irma

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O arqueiro e o conto de fadas persa


Ouvi essa historinha hoje cedo. Me contaram como sendo um conto de fadas persa. Juro que tentei dar uma goglada pra checar melhor, mas não encontrei nada. Então, vou passar adiante o peixe do jeito que me venderam. A história é sobre um arqueiro que, apaixonado por uma princesa, resolve ir em busca de um diamante para oferecer à ela. Ele enfrenta monstros, tentações, criaturas e seus próprios medos durante o caminho até a joia pela floresta.

No fim da jornada, o arqueiro chega ao local onde tem que acertar um pássaro branco para, enfim, conseguir o tal diamante. Ao avistar a ave em cima de uma árvore, ele percebe que seu maior desafio está para começar. À sua frente, ele vê três homens que viraram pedra, após tentativas fracassadas de matar o pássaro.

O arqueiro, então, faz sua primeira tentativa. A flecha passa por perto, mas a ave desvia. Como resultado, suas pernas viraram pedra. Ele respira fundo e erra de novo. Metade do seu corpo fica imóvel. Na última chance, ele respira fundo, fecha os olhos e pensa:

_ Que Deus me ajude! Não quero que mais ninguém sofra o que estou sofrendo.

E, tchum, o pássaro é acertado e se transforma no diamante. Os três homens que tinham virado estátua voltam a ter vida. E o final feliz, a gente sabe. Interpretando esse conto, a pessoa que me contou a história, meu terapeuta, me diz o seguinte:

_ Existe um momento na sua vida que nada mais pode ser feito. Tudo o que precisava ser feito e ser dito, já foi. Como o arqueiro, tem uma hora que  é preciso confiar, apelar para a ajuda de Deus e esperar.

Ou como diria um provérbio persa, que achei fuçando na internet: "a paciência é uma árvore de raiz amarga, mas de frutos muito doces". Nham, não vejo a hora de prová-los.

Irma

O que o amor tem a ver com isso???


Esse é o título de uma música super famosa da Tina Turner, "What's love got to do with it?" que fala da violência que ela e os filhos sofriam nas mãos do marido Ike. O que o amor tem a ver com a violência???  Definitivamente NADA!

Há um filme com o mesmo nome muito bom com a atriz Angela Basset e Samuel Jackson, baseado na vida da Tina e ela própria conta a história. Tina, quando resolveu sair desse dilema e quebrar o círculo de violência, deixou todo o dinheiro e propriedades para o ex.  Levou o talendo que definitivamente era dela, os filhos (inclusive filhos que ele teve fora do casamento), e sua dignidade de ter pulado fora.

Tina estourou depois que se libertou!  Ficou famosíssima!  Conhecida no mundo inteiro.
Segundo ela própria encontrou muita força no Budismo, que pratica até hoje.  É uma mulher linda!  Não somente pela aparência exótica e bela, mas principalmente pela essência de alma, pela esperança que deu a todas as mulheres que sofrem abuso e se sentem incapazes de mudar e de vencer sozinha.  Ao contrário, Tina mostrou que quando você tem coragem de mudar, de se acreditar, de sair do círculo vicioso da violência, você encontra forças renovadas e pode tudo.

Este post de hoje é dedicado com muito carinho às mulheres que optaram por PULAR FORA!  E também tem a esperança de inspirar as que ainda não tiveram esta coragem. Saiam, denunciem, não sofram caladas, não subjulguem seus filhos a mais violência, pois com este exemplo eles acharão normal serem violentos e o serão também.

A mudança pode tudo, basta acreditar!

Afinal, what's love got to do with ir??? with violence???  NOTHING!

beijocas,

Mari.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Um novo amor para Rosa

Rosa é uma mulher inteligente. Aos 33 anos, recém-feitos, ela já terminou o mestrado, mora só, está prestes a realizar o sonho da casa própria com o dinheiro que juntou todos esses anos. É funcionária pública, passou entre os primeiros lugares do concurso de Direito, disputadíssimo. Enfim, Rosa é uma mulher bem-sucedida...não no amor, como costuma dizer.

Há três anos, ela namora-termina-e-volta com Fred. Um homem que não tem faculdade, que não trabalha, aliás, que nunca trabalhou. A qualidade dele é ser extremamente carinhoso e amoroso com Rosa. Nos últimos anos, ele a enganou diversas vezes. Dizia que estava procurando emprego, e não estava. Chegou a começar a trabalhar como garçom, DJ, sushman. Nada durou mais do que um mês.

Ainda assim, Rosa mantinha o namoro. Magoada com as mentiras do namorado, ela achava que ele poderia mudar. Mas não foi assim. O fato é que há duas semanas, Rosa explodiu e resolveu jogar tudo para o alto. Foi na volta do jogo entre Espanha e Holanda, na final da Copa. Ela encarou Fred e deu um ponto final.

Rosa diz que tem dificuldades de terminar uma relação. Mesmo sabendo que o amor está desgastado, que a história não vai pra frente, ela diz que sente "compaixão" por ele, que "tem muita dificuldade em terminar uma história" e que "não consegue deixar de atender as ligações constantes dele, desde então".

Eu, que sou amiga de Rosa, fico com o coração apertado. Tenho medo que ela se machuque mais uma vez. E torço, muito, muito mesmo, para que ela se permita conhecer outra pessoa. Sair com as amigas, tentar dar um tempo para ela, ficar um pouco à distância de Fred, pra ver o que seu coração e sua mente lhe dizem. No fim, os ventos bons sempre sopram a favor de quem acredita no amor.

Irma

domingo, 18 de julho de 2010

A violência em casa e sua repercussão!



Tem alguns ditados na cultura popular que prezam pela idiotice! E com ele carregam também muita violência. O mais chocante em minha opinião é o: "Mulher de bandido gosta mesmo de apanhar." Realmente é muito difícil pra mim acreditar nele, e quando você generaliza uma coisa assim se torna muito perigoso.
Não acredito que ninguém em sã consciência goste mesmo de apanhar, a menos que a pessoa estaja em uma ligação sado-masoquista, o que entra então em outra esfera de entendimento.

Tem um número imenso de mulheres, principalmente nas classes sociais mais baixas -o que em nenhum momento exclui as mais altas- apenas observamos maior ocorrência nas mais baixas, que sofrem violência física de seus companheiros com uma frequência assustadora. Por isso a criação de abrigos e a Delegacia da Mulher.

Constatamos porém que muitas mulheres não denunciam, que ficam em casa pra proteger seus filhos, que mesmo assim ainda dizem amar seus companheiros e que geralmente eles só são abusivos quando estão bêbados, o que ocorre quase que semanalmente.  Elas dizem que se forem embora eles já disseram que a acharão e a matarão e matarão também os filhos!  É um terrível círculo vicioso, geralmente esses homens cresceram vendo seus próprios pais tratarem suas mães assim e acham normal. Eles muitas vezes acreditam que mulher tem que ser tratada na porrada mesmo, que mulher é tudo VAGABUNDA, alíás termo favorito de muitos homens que adoram chamar mulheres em geral de vagabunda. O mais estranho é que quando analisamos as estatísticas elas são tão diferentes. As mulheres trabalham muito!

Creio que as mudanças só ocorrerão quando educarmos nossos filhos e filhas de maneira diferente. As crianças têm que crescer com outros exemplos de mães e pais. Mesmo quando os filhos acham errado o que seus pais estão fazendo com suas mães eles tendem a repetir o comportamento e as meninas tendem a achar normal que os homens as maltratem, torna-se então um círculo vicioso. Círculo este que DEVEMOS quebrar. E novamente só mesmo a educação, exemplos dignos, saúde e condições melhores de vida e escolha nos levarão às mudanças.

E nós como pais e sociedade temos que dar exemplo, respeitar e exigir respeito, e não achar engraçado quando algum homem ficar chamando mulher de vagabunda. Xingamentos generalizados é sinal de falta de inteligência e análise de comportamento e especificidade.

Temos que ensinar melhor nossos meninos e meninas bons valores, como dignidade, respeito, ética, honra, moral, amor. Eu realmente acredito que mudanças são possíveis!

Beijocas,

Mari.

sábado, 17 de julho de 2010

Enumerando a violência que acontece com as mulheres!

Como prometi, continuarei a falar sobre o que ocorre em termos de violênica que atingem as mulheres em todo o mundo. É falando, pensando, criticando e não aceitando que propomos mudanças e na verdade começamos a mudar.  As mulheres só começaram a votar a menos de um século e tivemos que lutar muito, gritar muito e barganhar muito.  Por isso é importante fazer as nossas vozes serem ouvidas e principalmente admitirmos a existência do problema para podermos solucioná-lo.

Abaixo uma lista do que ainda acontece muito em todo o mundo, que são violência direta às mulheres:

1-   Há muitas mulheres que são escravas (em vários países, por várias razões),
2-   Mortalidade Materna (mulheres que morrem no parto),
3-   Aborto Ilegal ( mulher não decide sobre seu próprio corpo, mortalidade alta na ilegalidade),
4 -  Falta de voz, opinião, leis que as protejam,
5-   A vergonha da "Honra", países ainda matam mulheres que não são mais virgens antes do casamento,
6-   O aborto generalizado de fetos do sexo feminino,
7-   Prostituição (inúmeras razões, conecção íntima com violência),
8-   Falta de Educação e impossibilidade de escolhas,
9-   Abuso sexual dentro da própria família, assédio sexual generalizado por ser mulher, na família e fora,
10- Estupro.

E novamente colocamos que a violência é generalizada, quando não damos condições física, moral e educacional a um indivíduo é muito natural o caminho desvirtuado e violento.

Quando uma pessoa, família, cidade, estado, país, continente, mundo, se constroe injustamente, desrespeitando direitos de igualdade e busca de desenvolvimento a todos, cria-se invariavelmente um mundo violento.

Quando o dinheiro e o poder são mais importantes que a educação e a saúde estamos fadados ao subdesenvolvimento, pobreza, marginalidade e violência.

A mudança tem que começar em cada um de nós.

Com certeza é possível mudar. 

O que podemos mudar em nós para começar a mudança?  Pensar mais já é uma mudança, falar a respeito e admitir a existência da violência, já é uma mudança. Ter esperanças e fazer alguma coisa já é a mudança acontecendo.  O que você vai fazer concretamente?  PENSE NISSO!

beijocas,

Mari.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Metade do céu!


AS MULHERES SEGURAM METADE DO CÉU!
(provérbio Chinês)


Nesta segunda metade do mês de Julho vou dedicar os meus posts às mulheres! Mais ainda do que já o faço, pois vimos na primeira metade deste mês violências horrendas a nós endereçadas e digo a nós porque quando a violência atinge este nível ela se espalha e esbarra em cada uma de nós.

A foto acima é de um livro que li em Abril depois de ver uma entrevista com os autores no programa da Oprah Winfrey, transmitido pela GNT toda noite às 20:00hr.  Comprei-o imediatamente e lê-lo foi um exercício misto de genuíno sofrimento e esperança.  Piedade por todas nós mulheres que ainda hoje sofremos violências inomináveis, mas que ainda persistimos, lutamos e passo passo,  tenho certeza, ainda faremos do mundo um lugar digno de nossa presença, e digno de amor. Infelizmente acredito que o livro ainda não tenha sido traduzido para o português, mas pra quem lê em inglês, com certeza vale a leitura!
Conta histórias de várias mulheres, seus infortúnios e como sairam deles as que conseguiram, o que significa a opressão às mulheres no mundo de hoje e como quanto mais uma pessoa, família, cidade, estado, país continente; explora, humilha, maltrada, desvaloriza, agride, violenta suas mulheres mais TODOS sofrem e a sociedade que assim o faz se torna violenta, sangrenta, pobre, desvalorizada e desprivilegiada. 

Há também um outro ditado, este africano que diz que "Quando educamos um homem, educamos um indivíduo, quando educamos uma mulher educamos um vilarejo!", e isso em plena África, onde temos um dos mais altos índices de violência contra a mulher. Por isso acho que sem educação dificilmente chegaremos a uma sociedade mais humanista e humanitária.

Contudo (recebi ontem um email da Irma me dizendo que) na Inglaterra, um romeno radicado inglês MATOU sua esposa de 27 anos depois de sonhar que ela o estava traindo, e quando ao discutirem ela sugeriu que ele procurasse ajuda psiquiátrica ele a matou e foi condenado à prisão perpétua. Tivemos aqui no  Brasil, nos noticiários durante toda a semana o episódio que envolveu o assassinato de Eliza, o assassinato da advogada, enfim muita violência direcionada à mulher.

Um dos maiores problemas, na minha opinião, é quando tiramos o foco do crime! Um crime tem que ser julgado pelo que foi o crime.  Nenhum ser humano, independente de ser homem, mulher, criança, idoso, MERECE tratamento diferenciado, não importando sua conduta individual ou "capivara (histórico, ficha) sexual".  Os assasssinos é que devem ser julgados, não a vítima. Sempre.

E a violência não é somente contra a mulher, como bem me lembrou meu irmão ainda agorinha quando eu conversava com ele sobre este post e os próximos que escreverei, mas ela muitas vezes começa em casa e se alastra pela sociedade, atingindo a todos. Precisamos encarar o que é a violência e o que ela faz à sociedade. E pararmos de arrumar desculpas para a violência, ou fingir que não está acontecendo, ou não assumirmos o que é violento como violência e que violência gera violência.

Só assim poderemos segurar com dignidade nossa METADE DO CÉU e ajudarmos os homens para que eles possam segurar a metade deles também com dignidade!

beijocas,

Mari.



quarta-feira, 14 de julho de 2010

"Toda mulher gosta de ser galanteada"


A frase é do meu voinho pernambucano. Um figuraça de 81 anos, exímio conhecedor da arte de galentear mulheres, desses que chega beijando as mãos. Certa vez, quando eu, Zoe e a irmã dela fomos para o Nordeste, de férias, tive a oportunidade de apresentar meu avô a elas. Fomos todos jantar em um restaurante típico e vovô dominou a cena. Depois de nos fazer rir, ele me puxou de canto e perguntou:

_Minha filha, tuas amigas são solteiras, né?

Após eu responder que sim, o velho não teve dúvida e tascou essa:

_ Eu percebi que eu estava arrasando.

Voinho é assim, tem a autoestima mais alta do mundo que eu conheço e, mesmo após passar dos 80 anos, é capaz mesmo de arrebentar corações femininos. Nessa mesma viagem, ele me apresentou várias de suas namoradinhas por Alagoas e Pernambuco. O segredo, segundo ele, é nunca perder a oportunidade de galantear, ou melhor dizendo, elogiar, uma mulher.

Voinho diz que as mulheres se arrumam tanto e isso não pode ser passado em branco por um homem. E diz que mulher não se arruma pra outra mulher, como costumamos acreditar.

_Isso é bobagem, minha filha. Mulher só está preocupada em receber mais galanteio que a outra. Qual  mulher que não quer ser chamada de bonita, que não quer que seu marido note o cabelo novo, ou a roupa nova?

É isso mesmo, vô. Nos arrumamos para nossos machos, para sermos elogiadas, sim. Que graça tem se produzir toda e não receber pelo menos um olhar de aprovação? Não é à toa que Zé Pessoa continua a milhão e me disse que, em breve, vai casar-se novamente. Eu aprovo, em nome do amor e da vida longa. Sorte da minha futura avódrasta (sei lá que nome se dá a isso), que vai receber elogios diários.
E espero que essa receita nordestina se espalhe para outros homens.

Irma (seguindo a série Avôs que nós amamos, iniciada pela Mari)

ps. Aproveito pra colocar a foto de hoje da maravilhosa Carla Bruni sendo galanteada pelo maridão

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Saudade!!!!


Esta é uma foto antiga da minha cidade, Mogi Mirim e este é o chamado "Jardim Velho", ficou assim chamado principalmente depois que construiram a "Praça da Matriz".  Tem coisas que só mesmo em cidades do interior!

O que eu mais adorava quando era criança era subir nas pedrinhas e tentar sentar junto com o homenzinho de guarda chuva, e como eu era meio gorduchinha (desde a mais tenra idade!!!!hahaha...) minha mãe ou qualquer adulto que estivesse comigo sempre ficava meio apreensivo. Eu e meu irmão mais velho e alguns de meus primos, pois eu tinha um montão e nós todos nos encontrávamos na casa de meu avô e saíamos pra brincar na rua!!! E andávamos de bicicleta e íamos até o jardim velho pois ele era calçado (não como o "jardim de São Benendito" que era de terra!!!) e podíamos correr e brincar de esconde-esconde, pega-pega, andar de bicicleta, brincar de beijo, abraço e aperto de mão, rir e voltar todos suados e imundos pra casa!

Algumas lembrança de minha infância são maravilhosas, nem todas, algumas são péssimas.... mas o Jardim Velho era com certeza um lugar especial!  Estive lá este feriado e uma de minhas tias vehinhas que está fazendo 89 anos hoje (!!!) mora em um prédio em frente, um dos quatro prédios que a cidade possui (morar em prédio no interior é de dar dó!), e sempre me lembro das brincadeiras e dos bons momentos do Jardim Velho.

Hoje o homenzinho de guarda chuva não existe mais, as pessoas não usam mais chapéus, e o jardim é completamente diferente da foto. São as mudanças, necessárias mas que muitas vezes, em muitas circunstancias deixam saudade. Essa palavra tão nossa, tão brasileira, tenho uma lista de saudades, depois do jardim velho e minhas recordações acho que devo citar, meu pai querido e sua risada, meu avô materno e os chocolates que me dava escondido, minha avó paterna e suas histórias, foi a primeira pessoa que me contou muitas e muitas histórias pra dormir, minha avó materna e seu carinho e roupas que costurava pra mim, ir na piscina e pular correndo do segundo tranpolim, jogar voley, nadar muito, tomar sorvete de massa italiano e atravessar o riozinho equilibrando no cano do esgoto! Enfim saudades de ser criança! Isso é bom, ter lembranças e ter saudades!

beijocas,

Mari. 


domingo, 11 de julho de 2010

Brasil: Ame-o ou deixe-o. Ou melhor: transforme-o

Eu sei, eu sei: brincar com esse bordão é bem complicado. Ele remete a um tempo nada agradável para o país. Mas para o que aconteceu hoje essa frase se encaixa muito bem.

Ao discutir a “categoria” dos jogadores holandeses e espanhóis, eu e minha prima, de 20 aninhos, tivemos uma pequena discussão. Ela afirmou que não tem homem bonito no Brasil e descambou a falar que tudo é melhor na Europa e nos Estados Unidos. Citou números de saúde e educação. Falou da violência, comparando até com números de uma guerra civil. Até aí, não tenho muito o que rebater: gosto é algo pessoal e nossos índices, se comparados aos dos americanos do norte e europeus, realmente são tristes. Mas num dá para ter uma visão tão estreita sobre assuntos tão complexos!

São milhares de anos de diferença e colonizações totalmente diferentes. Fomos criados para sermos explorados e é difícil mudar o impacto dessa posição na história. Mas já melhoramos muito.

Somos influenciados diariamente pela estética européia nas revistas e na tevê, que mostram que para ser bonito precisa ser branco, ter olhos claros e ser alto, além de magro, claro. Até a querida e simpática Gisele Bünchen reforça essa imposição.

Eu poderia ficar horas aqui citando diversas outras questões fundamentais para o início de uma boa e longa discussão…

Mas quando escutei que ela gostaria de não se brasileira, na boa, fiquei "P" da vida! E minha resposta foi clara e objetiva: se você não gosta de viver aqui, por que não vai para outro país?! 

Simples assim.

Acho muito fácil meter a boca no Brasil quando não se conhece outras realidades no mundo. Quando a idade e a vontade, pelo visto, ainda não permitiram grandes experiências. (Na idade dela eu já trabalhava há três anos e já conhecia algumas outras cidades "sem paitrocínios")

É muito fácil negar seu país, mas não fazer nada para melhorá-lo. Não trabalhar, não desenvolver qualquer projeto. Somente torcer para seleção na Copa! Esse tipo de nacionalismo não me interessa. Pelo contrario, me irrita profundamente.

Agora a Copa terminou e para nós, brasileiros, começa uma outra competição, onde os resultados vão mexer com as nossas vidas e com o nosso futuro: as eleições. E fico pensando de como essa minha prima, tão superficial em sua tenra idade, vai escolher seus candidados… E como ela, milhões de outros brasileiros...

Ai, como eu gostaria de que a mesma união provocada pela vontade de um Brasil Campeão no futebol, fosse a mesma para a conquista de mais cidadania e, com isso, talvez um país mais maduro e, provalvemente, melhor e mais justo...

Bom, mais um desabafo do que um post, né? Mas merecido!
Ah! E parabéns para a Espanha!

Um cheiro, Zoe.

sábado, 10 de julho de 2010

O caso Bruno e o preconceito feminino

A semana começou e terminou pesada por conta do noticiário do caso do goleiro Bruno. Os detalhes do crime são terríveis. É inacreditável o requinte de crueldade de  Bruno e de seus grandes amigos. Mas o que tem me deixado ainda mais enojada de tudo isso é a quantidade de gente xingando a pobre da Eliza de "vagabunda".

Até quando nós mulheres, principalmente, vamos passar a descrever mulheres que transam porque querem como vagabundas? Não importa o que Eliza fez (filme pornô, por exemplo), não importa a quantidade de jogadores de futebol com quem ela transou. Na cabeça e nas condições dela, Eliza estava fazendo o certo.

Não podemos esquecer a infância dessa garota e de muitas outras da periferia. O pai dela é acusado de estupro, a mãe a abandonou quando criança. E isso é só um trecho do que sabemos. Quem no lugar dela não ficaria deslumbrada em sair com o goleiro do Flamengo? Ou com o Cristiano Ronaldo, como dizem que ela ficou? Não estou aqui defendendo as maria-chuteiras. Mas estou defendendo o direito de cada mulher fazer aquilo que ela bem entender, na cama ou fora dela. Cada um sabe das consequências dos seus atos. Mas acho que já é hora de a gente parar de descrever mulheres assim como vagabundas.

Quando isso acontecer, talvez, homens como Bruno (que também teve uma infância difícil, foi abandonado aos 3 dias de nascimento, o pai é ladrão, a mãe estelionatária) passem a respeitar as escolhas de mulheres como Eliza.

Irma (em um post desabafo)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O fenômeno da relação On-line!




Você já conheceu alguém através de um site de relacionamento ou uma sala de bate papo? Acho muito interessante e acho que devemos tentar sim!   Principalmente se você está sozinha e quer num futuro próximo estar acompanhada. Mas muito cuidado com as expectativas, e com os "babacas".

Conheço pessoas que se conheceram através de sites específicos e tiveram relacionamentos muito legais.  Pessoas que estão juntas até hoje e casos que não deram em nada.

É uma maneira nova e coerente com o nosso tempo e toda a tecnologia que invade nossa vida.  Através desses determinados sites temos a oportunidade de ver a pessoa (foto, que sabemos a pessoa põe a melhor que tirou na vida e geralmente, dependendo do nível tecno do(a) sujeito(a) ainda pode contar com um fotoshopizinho....), e de acordo com o perfil termos uma idéia de gostos, preferências, nível educacional, estado civil (o que é fácil mentir!), e objetivos.

Eu tenho um perfil publicado no "Par Perfeito", até hoje não achei, mas continuo tentando!  Já conheci pessoas pelo site, sou seletiva então.... cheguei a ter um segundo encontro com um, mas realmente não era o tipo de relacionamento que eu estava procurando. Tive um relacionamento duradouro com uma pessoa que conheci através de uma sala de bate papo, e foi legal enquanto foi legal, como outros relacionamentos que não começaram por aqui!  Pra mim, o importante é se dar a chance e dar chance a alguém de se aproximar de você. Quem sabe??  Às vezes... você acha o que está procurando!

Tem muita picaretagem por aí, com certeza, mas também tem muita gente solitária procurando companhia!
O negócio é ficar esperta! Vou fazer abaixo uma lista de 10 mandamentos importantes (seguindo o exemplo do blog 3x30 e suas listas maravilhosas que eu adoro!), mas queridos e queridas lembrem-se: Não sou expert (afinal ainda estou sozinha..hahaha...):

1- Seja MUITO seletiva, ou seja, não tente sair com um cara que adora música sertaneja se você tem vontade de matar o Chitãozinho com o cordão do sapato do Xororó. Você não vai mudar o homem OK? E não deve mudar PRA AGRADAR AO HOMEM (mude por vc se tiver que mudar alguma coisa!)

2- Se você quer um relacionamento a DOIS, não saia com o "casado mas solitário", "casado mas safado", "namorando mas ainda procurando", e coisas do tipo e NUNCA, repito nunquinha, responda a emails que pessoas dessas categorias te mandarem. Lembre-se sempre você tem pouco tempo e ele é super precisoso.

3- Se você não gostou da foto ESQUECE!!!!!  Nem tenta! Lembre-se do tempo!!!!

4- Se o perfil dele é praticamente um mistério total, ou seja, o cara não disse NADA no perfil! CUIDADO!
Ele não é simplesmente o cara misterioso que você estava procurando, ou deve ter coisa pra esconder, ou acha que mulher não precisa saber de detalhes, ou tem preguiça, ou é OCO mesmo..... corra!

5- Se o perfil não tem foto... nem leia.... deve ser mesmo um horror ou tem que se esconder!

6- Se não põe o nível educacional, sinal que não tem nenhum né??? Você quer isso pra você?? NEXT!

7- Se na parte que ele deve preencher como deve ser a mulher que ele procura e ele responde que tanto faz
em tudo...CORRE, ele não quer um relacionamento, quer só um buraco!!!! 

8- Se na parte que ele deve preencher como deve ser a mulher que ele procura ele preenche tudo minuciosamente com detalhes especificos de quantidade de quilos e centímetros, .... CORRE, você, nem ninguém, nunca vai ser boa o suficiente pro sujeito!

9- Se é muito meloso, e fica com meu amor (nem te conhece ainda), escreve mensagens com poemas por email, diz que estava esperando a vida toda por você e coisinhas do tipo... dê uma boa gargalhada e tente se imaginar dizendo isso pra ele...pois é  CORRE....

E finalmente.....

10- Lembre-se sempre que você tá muito bem, feliz, e realizada com você mesma e que a outra pessoa não entra na sua vida pra isso, mas para algo mais.... porque é gostoso namorar, porque o amor é uma delícia e daqui, tem que sempre melhorar, se não for por aí... não vai!

Desejo a todos muita sorte e em minha opinião sempre vale a pena tentar, você sempre pode voltar atrás, mudar de opinião ou simplesmente conhecer alguém maravilhoso na igreja (se é que você vai numa - pra mim impossível!!!!), no cinema, na rua, no dentista, na academia, no parque, na escola, no trabalho, no boteco, na balada, enfim nossos caminhos, sejam eles wireless or not, se cruzam por aí!

beijocas,

Mari.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O filme Divã e a separação


Vi outro dia na TV o filme Divã. Apesar de não ter chorado, como muitas amigas que viram, me emocionei com a mensagem do filme. Curiso é que, antes de vê-lo, um amigo perguntou por que esse tipo de filme atrai tanto as mulheres ao cinema.

Respondi, sem muito conhecimento de causa, que achava que o motivo é a mensagem de superação. A ideia de que a gente pode ser feliz, sozinha ou acompanhada, desde que a gente não desista de buscar a felicidade, onde quer que ela esteja. Essa é maior motivação pra um ser humano (como falou ontem a Zoe). E contar a história a partir de uma separação, como no filme Divã, é o roteiro ideal pra fazer nós mulheres pensarmos no assunto.

Passada a fase do conto de fadas, quem está casada há muito tempo, como a Mercedez do filme, já se pegou pensando em se separar, ou numa situação em que o marido pensou no assunto (ainda que um não tenha falado com o outro). É natural que depois de tanto tempo, os casais repensem no sentido de estarem juntos, de buscarem a felicidade eterna. E acho que esse é um dos sucessos do filme.

No filme, a Mercedez pinta e não consegue extravasar toda a criatividade dela na arte _ falta algo no casamento, na vida, e na tela, que aparece em branco em vários momentos. Em uma das cenas, o marido _já ausente, mas ainda morando com ela_ olha a tela EM BRANCO e diz: tá bonito! Ele nem nota que não tem nada pintado. A conversa entre eles já não rola mais e eles estão naquela fase em que só há o companheirismo pra os fazer seguir adiante. E muitos casamentos, de gente jovem, inclusive, são assim. Só há carinho e amizade e ainda assim, as pessoas continuam juntas em nome dos filhos, da família, das convenções, dos bens.

Achei bonito quando, no filme, o casal fala em se separar para "colocar o fim em uma história que já tinha acabado e dar vida a duas histórias que ainda podem começar". É puro clichê, mas é lindo! Casamento é construção diária. É preciso ter cumplicidade, planos e projetos juntos. Quando se está junto só por amor (sem planos, sem desejo, o que inclui o sexual, sem sonhos) é hora de "dar vida a duas histórias que ainda podem começar". Li uma frase que gostei muito: o casamento dura até onde vai o desejo. E não é só o desejo sexual (que é importantíssimo). Mas o desejo de viver intensamente a dois. O contrário é teoria para discutir no divã.

Irma

terça-feira, 6 de julho de 2010

Como você se motiva?

Hoje não estou com vontade de trabalhar. Até tenho o que fazer, mas, sinceramente, está tão chato que quanto mais tempo eu tenho, menos eu faço. Aquela máxima de “fazer rápido para acabar cedo”, hoje, não me serve. Quero deixar meus prazos quase se esgotarem para sair correndo, fazer a roda virar rapidamente e a adrenalina atacar o meu corpo.

É um prazer imenso ser desafiada no trabalho. Quando isso não acontece, acho tudo um porre.

E é ai que me lembro dos vários tipos de relacionamentos que temos e que se tornam chatos com o passar do tempo. Relacionamento com o trabalho, com os amigos, família, colegas... Parece que tudo fica tão comum com o tempo - se não tiver alguma motivação, claro!

Já falamos sobre isso aqui. Sobre monotonia no casamento e de como não deixar a bola cair. Mas vale olharmos a mesma questão por outro ângulo. Afinal, casamento não é tudo na vida. De que adianta um companheiro maravilhoso se a coisa num anda nada bem na sua carreira? (Até ajuda, mas não resolve! hehe...)

Cair em qualquer tipo rotina é muito chato. Chato mesmo. Imagina você comendo todos os dias a mesma comidinha na hora do almoço? Fazendo a mesma coisa durante anos? O que você aprende (ou apreende) com isso? É tudo igual! Tudo repetido, morno, quase gelado.

Quais as novas sensações? Os novos cheiros, cores e formas? Realizações? Cadê aquele sentimento gostoso que faz com que seu corpo trema e se encha de vontades e alegrias? Cadê a curiosidade da descoberta...

Quando me oferecem uma coisa nova para comer, para beber, um lugar para conhecer, um trabalho desafiador, geralmente aceito de bom grado. É tão legal poder expandir conhecimentos, avançar sobre temas e situações inusitadas... Sentir-se produzindo, trazendo boas novas e ideias!

Ai se todos os dias nós pudéssemos reinventar o nosso dia! Claro, sem perder as nossas bases, mas com um novo toque.

Resta a nós, previsíveis mortais, doutrinados pela correria do dia-a-dia, com enormes afazeres e responsabilidades, descobrirmos o que nos motiva internamente. E isso é algo individual e único.

No meu caso, preciso sempre de um “gás extra”. Temas e pessoas novas. Inventar comidinhas e muita leitura. Longas conversas e bons amigos. Com isso, posso tudo. Inclusive passar um dia besta, como hoje, curtindo pequenos detalhes.

E você, como você se motiva?

Um cheiro, Zoe.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A diversidade sexual, acolhida ou repelida?


Acabei de assistir a um documentário excelente na GNT, chamdo "É o que a Bíblia diz", falando sobre homosexualismo e como alguns grupos fundamentalistas e conservadores tentam se basear na Bíblia para justificar seu preconceito e inabilidade de aceitação do que é diferente.

Muito inteligentemente, mostrando vários lados da questão da homosexualidade e como podemos e devemos ter um olhar mais crítico, antes de aceitarmos o que qualquer orador aquecido pelas palavras carregadas de ódio e inflexibilidade, nos despejam em seus discursos repletos de dogmas infundados e enraízados na não aceitação do que não seja por eles controlado.

Me emocionei muito com o depoimento de uma mãe que criticou duramente sua filha quando esta lhe confidenciou em uma carta ser lésbica, respondendo também por carta que jamais a aceitaria, e baseando toda sua repúdia da homosexualidade da filha na "palavra de Deus" expressa pelo livro sagrado "A Bíblia".
Algum tempo depois sua filha comete suicídio, enforcando-se num armário (como metáfora em sair do armário quando se assume que é homosexual!), muito triste ver a culpa e tristeza que carrega esta mãe que hoje luta pela aceitação da homosexualidade nas igreja e pelo fim do preconceito, hoje ela está fazendo por outros jovens o que se negou a fazer para sua própria filha.

Depois temos a análise de estudiosos e teólogos, questionando duramente estas interpretações inflexíveis e insensatas, sem analisarem a língua da qual a Bíblia foi traduzida e as repercuções implicadas à esta tradução. E por que não levamos tão ao pé da letra outros versículos da Bíblia, (como por exemplo vender todas as nossa posses e darmos tudo aos pobres!) mas retiramos os mais convenientes a se adaptarem à nossa inflexibilidade e inaceitação, como pensar que a homosexualidade é uma "abominação"?  Dois versículos anteriores a este que afirma que a homosexualidade é uma abominação, Moisés também afirma que comer camarão é uma abominação.... mas este versículo nunca é citado!

A Igreja, através dos últimos séculos especialmente, tornou-se especialista em:
 -  "fazer dinheiro", uma das mais bem sucedidas áreas da economia capitalista,
 - em oprimir:
     -  os pobres, fazendo-os acreditarem na felicidade da vida eterna e que herdarão o Reino dos Céus,
     -  as mulheres, que realmente são perversas, pecaminosas, bruxas, culpadas por tudo desde a maçã!
     -  os homosexuais, são uma abominação com tendências pecaminosas e impuras,
     -  etc.... senão este post ficará interminável!

Mas a arte do pensamento, questionamento e formação de opinião está dentro de todos e cada um de nós para que façamos uso deles e tenhamos opiniões e crenças baseadas em idealizações indivuduais e próprias e não porque está escrito em um livro que foi escrito a milhares de anos e é interpretado de diferentes formas por diferentes grupos de pessoas, ou porque algumas pessoas influentes em nossa comunidade pensa assim, ou porque foi assim que eu aprendi em casa, ou porque no meu país, na minha religião, na minha escola, na minha empresa, na minha família se pensa assim.  Devemos todos dar-nos o direito à própria escolha, idéias e opiniões e para isso faz-se muito necessário que PENSEMOS, quando pensamos EXISTIMOS... já dizia o grande filósofo!

beijocas,

Mari.

Enfrentar o medo sem fazer perguntas





"Os verdadeiros perigos nunca são os que imaginamos
E nunca aparecem nos lugares em que esperamos"

Essa é a fala de um misterioso velhinho dono de um hotel para a personagem Alice, no filme homônimo, do diretor francês Claude Chabrol, de 1977. Aluguei o DVD e devorei no fim de semana. O filme conta  a história de uma mulher (Alice, vivida por Sylvia Kristel), que resolve sair de casa,  largar o marido em busca de ser feliz.

Na primeira noite fora de casa, Alice vai parar num hotel misterioso, onde tudo o que acontece é envolto por surpresas. De cara, ela tem que enfrentar o medo de ficar só, com barulhos estranhos à sua volta. As poucas e misteriosas pessoas que circulam pelo hotel não respondem a qualquer pergunta feita por Alice.

"Perguntas são inúteis quando não existem respostas", diz o velho misterioso (que mais parece a consciência dela)

Alice se vê obrigada a procurar respostas sem fazer perguntas. Isso faz com que ela fale mais com ela mesma, com que ela enfrente mais os seus medos. Achei isso lindo. Nas situações em que me vi desesperada, em pânico, com medo das decisões que ia tomar, eu sempre recorria a perguntas pra encontrar uma saída. Nunca havia pensado sob o ponto de vista do filme: o de não perguntar, seguir meu próprio instinto, ouvir melhor o que meu coração e minhas próprias ideias têm a dizer.

As imagens que se seguem são de Alice deixando o hotel e tentando achar seu caminho. Ela esbarra em portas que não se abrem, estradas sem saídas, obstáculos. Até que ela resolve voltar para o hotel. Só que, na volta, ela não acha mais a entrada do lugar. Alice percorre todo o muro que circunda o local e não vê mais o portão.

Ela decide, então, escalar o muro. Quando alcança o topo, olha e não vê nada no horizonte. Sente um pavor gigante, tem medo de cair, medo, muito medo de tudo. Então, resolve descer e ficar onde está. E só nessa hora, um homem aparece para lhe dizer:

_ Alice, só esta pergunta será respondida. Quando você tentou pular o muro, poderia ter conseguido. Você deveria ter confiado nos seus instintos, seguido adiante na tua decisão, mesmo com todo o medo do mundo.

Alice, então, responde:

_ Mas sempre pode-se tentar de novo.

_Não, Alice, nem sempre. Agora, o muro já não existe mais.

Voltei essa cena umas quatro ou cinco vezes. É fabulosa. Me identifiquei muito com esse trecho. De todos os medos que sentimos na vida, o pior é o medo que nos paralisa. O medo de ter medo. A gente sequer tenta sair do lugar,  e carrega essa culpa por anos e anos.

Como aconselhou o homem, é melhor ir adiante, seguir o próprio instinto. Do contrário, o tempo passará e poderá ser tarde demais pra tentar novamente depois.

Irma

sábado, 3 de julho de 2010

Perder e ainda assim comer a torta holandesa!

Não foi nada gostoso!  Parecia mais um caso de amor fadado dar errado!  Aqueles dois gols nos primeiros cinco minutos de jogo e o Brasil inteiro relaxou... como depois da gozada...hum! E então depois do intervalo os laranjas vieram como se tivessem a vingança vicking escrita na testa... e nos engoliram.... Descascaram a laranja e caímos escorregando na casca!!!

Well, well, well, eu e alguns amigos comemos a torta holandesa que levamos de sobremesa para o almoço genial que fizemos, apesar da derrota continuamos a festa e acabamos de uma maneira meio russa, entornando garrafas de vodka bebidas ao estilo shot! Quando cheguei em casa já meio ressaquenta, deitei no sofá e não fiz nada por horas.... nem pensei sequer.  Tinha uma ligeira e chatinha dor de cabeça, tomei alguns "bicarbonatos" (receita de família, coisa das minhas tias velhinhas, elas afirmam que bicarbonato, uma colherinha em um terço de copo de água acaba com a azia!), tomei chá verde, o meu gato (kafa - o cafageste!!!!) pisou fundo na minha barriga e depois de ouvir muito do Sérgio Chapellin os benefícios do sono, e que quem não dorme direito engorda (e eu já tenho o tamanho mais que suficiente!!!), resolvi ir dormir mesmo!

Hoje acordei, vi que tinha esquecido o celular no carro e várias pessoas acharam que eu tinha me jogado no rio Pinheiros, pois sumi!  Enfim foi isso mesmo fiquei bem tristinha pois terminou a copa pra nós brasileiros e eu estava adorando aquele espírito nacionalista.

Mas qual não foi minha surpresa hoje no meu momento Johnny walker (caminhadas...), o povo torcendo MUITO pros alemães, eu também com certeza, até porque meu avô, que eu adorava, era descendente de alemães e tenho uma queda forte por eles. Quando cheguei em casa minha mãe até me ligou (ela ama futebol! assistiu a todos os jogos da copa que pôde, torceu muito pro Brasil e pra Gana, então ontem foi um dia meio punk pra ela....) dizendo que estava radiante, pois ela desgosta com ímpeto do Mr.Maradona, e pra ela foi quase como ganhar a copa e que agora torcerá muito para os alemães...que arrasaram...4x0 !!!

Enfim entre nossa torta holandesa (na cara, que teve mais foi gosto de laranja amarga!) e los irmanos terem que engolir todo aquele chucrute dos 4x0 .... Tô achando que a "Copa da América Latina" ficou mesmo foi com a Europa.... o Velho mundo passou a perna na gente... e até os espanhóis já deram jeito de botar os paraguaios a correr, mas que gostei de ver El Dieguito perder gostei!

beijocas,

Mari.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O triângulo escaleno

Bom, deu para perceber que eu não sou a que mais escreve aqui. Mas tenho que reconhecer que ando muito abaixo da minha média. O motivo: falta de vontade de fazer qualquer coisa.

Ao conversar com a Lili, de O doce mundo de Lili, sobre essa vontade doida de não fazer nada e de como me sentia mal até em não escrever, ela disse: “escreva sobre isso. Muitos se identificarão com você”. Por isso, abro meu coração e, também, peço desculpas e alguma compreensão.

Para mim, existe um triângulo básico na vida: trabalho, família, relacionamentos. Sempre foi assim. A forma desse triângulo nem sempre é equilibrada e exata, porque a vida não é um mar de rosas, claro. Eu, por exemplo, sempre pendi muito para o trabalho.

Os dois outros lados têm que caminhar muito bem para segurar a onda daquele terceiro que está meia boca. E isso é cíclico. Poucas são as vezes que conseguimos manter a vida como um triângulo eqüilátero – os três lados perfeitos e iguais.

Brincando com isso, posso afirmar que ultimamente minha vida parece um triângulo escaleno! rs.

Toda descompensada. Ando comendo mal, dormindo mal, cuidando muito pouco da minha cachorra e menos ainda de mim. Até a minha casa está meio largada. Aceito que é uma fase, que todo mundo passa por isso. E que cada um reage de um jeito. Até aí tudo bem.

Ontem, encontrei um ex-chefe que se tornou um bom amigo. Jornalista, carioca, pra lá dos 60, gente boa pacas. Esta se dedicando cada vez mais ao que ele realmente deseja. Os clientes, ele já escolhe. Fala menos, escuta mais. Estuda filosofia. Vai lançar seu segundo livro.

Ele me lembrou outro amigo, também ex-chefe, que era hiperneurótico, e também está mudando radicalmente seu estilo de vida. Está mais feliz e mais leve. Diz que trabalho é somente um ofício, que não deve ser a razão da nossa vida.

Bons exemplos para mim.

E, no final da noite, descobri que meu triangulo está escaleno exatamente porque estou vivendo somente para o trabalho. Pior: não gosto do que faço atualmente, sofro com isso e me paraliso. O medo “financeiro” tem me consumido. Um lado apenas, mas tão forte que consegue desestruturar todo o resto. E pensei nas coisas que estou deixando de fazer, de sentir. Me senti fraca, infantil.

Ao mesmo tempo lembrei de tudo que já fiz. Dos trabalhos legais, das viagens sozinha pelo mundo, dos saltos de paraquedas e paraglider, a escalada, as trilhas, a dança... tanta coisa boa!!! E tudo que estou deixando de fazer...

Caramba! A vida é tão curta e eu aqui, com um medo profundo de uma coisa que sei lá... Dando minha cabeça de bandeja para o desespero e a falta de vontade de fazer qualquer coisa... Me desmilinguindo vagarosamente ... Sem atitude alguma!

Ainda não descobri qual a fórmula para desenhar o meu triangulo perfeito, mas sei que um bom começo é olhar de frente para esse medão e reconhecer que sou capaz de enfrentá-lo, pelo meu passado e pelo meu futuro. E cuidar de mim. Acreditar que posso reverter qualquer processo e buscar novas perspectivas! Ando limitada e não suporto isso.

Ah! E como resultado desse processo, estou sem voz. Literalmente sem voz... Acreditam?!!!

Bom, vamos em frente! E desculpa aí pelo desabafo, vai...

Um cheiro, Zoe

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O ciclo de Saturno e os 29 anos



Minha irmã, que amo de paixão gigante, completou 29 anos no último dia 29 (Viva São Pedro!). Bateu na trave dos 30. Vinte e nove anos parece uma idade sem grande importância, comparada aos 30 anos. Você é quase uma balzaca, quase. Mas me lembrei de dizer a ela que os meus 29 anos significaram uma grande mudança na minha vida. Eu passei a questionar tudo: casamento, família, emprego, amigos, filhos. Um turbilhão de coisas começou a passar na minha cabeça.

Eu fiquei tão alucinada que meu primeiro passo foi trocar o terapeuta. Durante a entrevista com um deles, obtive a resposta que mais me surpreendeu:

_Hum, você tem 29 anos. Acaba de completar o ciclo de Saturno. Por isso está querendo mudar tudo à sua volta

Ergui uma das sobrancelhas e pensei: Do que esse cara tá falando? Até então eu só me preocupava com meu ciclo menstrual. A sábia lagarta (como costumo chamar os terapeutas) me explicou que o planeta Saturno leva 29 anos para dar a volta ao Sol e voltar ao ponto de onde saiu. Coisas da Astrologia, que eu adoro. Sou daquelas que corta o cabelo em Lua crescente pra garantir as madeixas sempre compridas.

O ciclo de Saturno está ligado a grandes mudanças e questionamentos. Dos 21 aos 29 anos, a gente vai atrás da independência, busca espaço próprio na carreira, na vida amorosa, estabelece a identidade. Mas se aos 29, quando o ciclo se fecha, a pessoa não consegue alcançar aquilo que desejou, ela começa a se sentir em crise e questionar o que tem e o que não tem: o chamado retorno de Saturno.

_ Você vai querer mudar muitas coisas na sua vida, me disse o lagartão.

E foi o que aconteceu. De repente, olhei à minha volta, e vi que vários amigos, com a mesma idade, também começavam a demonstrar que estavam pirados. Alguns se separaram, outros resolveram casar. Alguns pediram demissão e foram morar fora. Outros foram trabalhar com coisas nunca imaginadas.

Eu, que sempre quis ter uma família com cachorro e filhos, de repente, pensei:

_Não quero ter filhos agora.

Esse foi o maior choque pra mim. Eu achava que chegando aos 30, a vontade de ser mãe ia bater. E não bateu. Me senti culpada por isso. Olhava pro meu marido e pensava: eu quero ter um filho desse homem maravilhoso, mas não quero agora. E viva Saturno, que ficava martelando com seus anéis na minha cabeça.

Eu senti que estava cobrando mais e mais de mim mesma. E nessas mudanças, não é que passei a me cuidar. Comecei a correr, perdi 8 quilos, não fiquei uma só semana sem pintar as unhas, passei a fazer a sobrancelha, a me amar mais. A vaidade bateu à minha porta após os 29. Confesso que passei a respeitar o planeta. Se a CVC fizer um pacote de viagem pra Saturno, eu compro passagem na primeira classe.

Com tua isso, minha querida Irma-nota, aproveite os 29 anos. Não tema as mudanças. Crescer dói, mas vale a pena. Se jogue em tudo e seja feliz!


Amo vc


Irma


Ps. Em tempo, pesquisando sobre o ciclo de Saturno para escrever esse post me deparei com essa explicação astrológica: "a crise saturnina volta perto dos 44 anos _ quando existe a oposição de Saturno consigo mesmo". Nessa idade surge o medo de envelhecer e a gente busca o encontro conosco, já que não dá pra andar pra trás. Ah, mas a coisa melhora após os 58 (quando se passam mais 29 anos). Aí, bom, aí, passo. Tá muito longe. Tenho só 32 e ainda tenho muita crise pelo caminho antes de chegar os 58.

O poder de um sorriso!

Hoje de manhã quando estava caminhadno.... vcs se lembram meu momento Johnny?!  Estava pensando neste post e em várias coisas muito sérias que planejo didvidir com vocês (meus amigos e amigas leitores deste blog!).  Muito sérias mesmo, principalmente sobre as mulheres, nossa condição, nossos papéis no mundo de hoje, como o fazemos, encaramos e lidamos com as situações.  Inspirada no post da Irma de ontem, sobre a "capivara sexual de cada um" pensei muito em como opiniões, regras e normais permeiam nossa vida.

Entretanto achei que ia ficar sério demais e estamos todos no espírito da "Copa do Mundo" e amanhã tem jogo contra os "Laranjas" (que por sinal são bem apetitosos de se ver....) e estamos todos almejando uma boa "torta Holandesa" de sobremesa desse "jogaço", e resolvi pois relaxar.  Os temas com certeza são muito importantes e legais de serem discutidos por nós e com certeza os serão num momento próximo, enquanto isso, vocês também podem ir pensando no que acham de tudo isso e irem me mandando opiniões ou idéias, aqui mesmo pelo blog nos comentários (LEIO ABSOLUTAMENTE TODOS...os adoro!)

Então resolvi falar do poder do sorrisão!!!   Gente quem resiste à linda exibição das arcadas com aquela sinceridade, dos olhinhos esprimidos quando estamos felizes, ou contentes ou achamos algo engraçado!?
Eu acho o sorriso O MÁXIMO!!!!  Então hoje depois de ler esse post vá até o espelho mais próximo e dê a você mesmo um de seus melhores sorrisos, aquele que você dá às pessoas que mais ama.  E se você anda por aí economizando sorriso, sai dessa ... O poder do sorriso é inimaginável, inesgotável e claro inenarrável!

Quando eu ando pela rua adoro ir olhando as expressões das pessoas, principalmente se estou dentro do carro em um congestionamento.  E a gente vê de tudo, desde aquele povo engraçadíssimo que fala sozinho e às até brigando, discutindo com o dedo pra cima, e aquelas pessoas que você sabe que com certeza tem uma vida sexual saudável....têm aquele sorriso "bobo", gostosão de quem gozou!! hahaha....

Mari