sexta-feira, 30 de abril de 2010

Morar sozinha ou acompanhada?!?!

Gente esta não é mesmo uma pergunta super legal?
Primeiro que se você pode se fazer esta pergunta...well PARABÉNS!  Sinal que produz, é forte, se gosta, e se questiona.

Tenho um mixto de emoções que vai do medo à pena de pessoas que dizem que não SUPORTAM ficar sozinha e que não conseguem se imaginar sós.... Muita dependência e pouco auto conhecimento na minha opinião.

Como diz aquele velhíssimo ditado "Tudo tem o seu lado bom e ruim..." ( e vcs achando que eu ia dizer "Antes só que mal acompanhado", né???!!)ahahaha...  Mas na minha opinião o primeiro é bem mais relevante!

Eu tenho um excelente sistema, como sou solteira e sozinha, no momento, moro com um de meus irmãos durante a semana pois ele trabalha aqui em Sampa e nos finais de semana o apê é meu e fico sozinha .  Visitantes perguntam se podem vir... Acho super conveniente.   Sempre brinco com ele que o nosso casamento deu certo!hahaha...

Mas acho que chega uma hora que todos devem, precisam, é primordial, viverem sozinhos.  A gente se descobre, fica mais pra dentro e se desvincula de coisas, hábitos e emoções que não são seus.  Dizem que há uma onda agora de pessoas que estão ficando adolescentes idosos, pois não se casam na idade que antigamente as pessoas se casavam e continuam morando na casa dos pais. Surgem então conflitos absurdos de intrometimento na vida íntima ou mesmo falta de intimidade. Excesso de dependência que às vezes chega mesmo a comprometer as partes até financeiramente, sem falar de jogos de manipulação e controle.

Morar sozinho é bem mais que estar sozinho, é se bancar financeira e emocionalmente, é se ligar às pessoas que você ama por amor, é se saber vencedor, arriscar confiando no seu taco!
E quando você convidar alguém pra dividir isto tudo com você com certeza saberá porque o está fazendo, e saberá viver a felicidade de estar acompanhada por opção e nunca por força do destino!

beijocas,

Mari.

Um milhão de amigos

Meu aniversário está próximo e como geminiana típica que sou já estou pensando nos detalhes da super festa que vou fazer. Farei 3.2. Uma idade que aparentemente não merece grandes comemorações. Mas quem me conhece sabe que gosto de causar, de dançar e beber até altas horas.

Já escolhi o lugar e pensei nos amigos que fiz recentemente, nos amigos que não vejo há anos, nos amigos do antigo trabalho, do atual, e nos amigos especiais. E toda vez que faço a lista lembro que estou repleta de bons e verdadeiros amigos. E não tem coisa melhor do que ter um milhão de amigos, como canta o Robertão.

Quando eu era adolescente, minha mãe sempre se irritava com meu jeito de fazer tudo pelos meus amigos. E dizia que muitos iam me trair. Isso, de fato, aconteceu. Muitos amigos me decepcionaram. E eu decepcionei muitos deles. Faz parte da seleção natural da vida. Mas no saldo total, valeu cada despreendimento da minha parte para meus melhores companheiros.

Já corri de madrugada para atender amigo bêbado, segurei a cabeça de alguns mais exaltados que passavam mal, fui atender a chamado de amiga que havia acabado de terminar um namoro, acompanhei nascimento de filho de mãe solteira, troquei fralda de filha de mãe desesperada de primeira viagem, fui em reunião de escola de filhos de amigas, ajudei a fazer mudança de casa, castração de cachorro de outros e muitas outras coisas.

Estou falando isso porque li o texto da Mari (Quando a Solidão Incomoda) e pensei no amor que tenho pelos meus amigos. A Mari, que amo de paixão, é uma amiga "adotada". Eu a conheci por meio do meu marido e hoje ela é muito mais minha amiga (amore mio, não fique com ciúme, tá?). Amigona de chegar em casa, ir direto pra cozinha e fazer uma sopinha maravilhosa pra mim, sem eu pedir.

A Zoe é amiga dos tempos da faculdade, quando ela ainda andava de moto pelas ruas, com suas madeixas vermelhas. Até hoje, passamos os Natais juntas todos os anos, em casa. E a virada de cada Ano, na casa dela. Nunca, nunca me esquecerei do apoio dela no dia em que meu avô morreu (ele que pra mim foi um pai). Eu estava indo pra casa dormir um pouco e minha mãe ficou no velório. A Zoe não arredou o pé de lá e fez as vezes da minha irmã, que naquele momento não tinha como estar conosco.

Duas queridíssimas. As primeiras da lista de aniversário. Claro que tem outras e outros tantos amigos que figuram na lista dos meus melhores, que também me dão muito, muito apoio e alegria (Mazé, Bela, Rafa, Calil, Vivi, Estela, Paty, Leo, Dada, Mel, amo vocês). Mas quis falar particularmente das duas porque tem sido um prazer gigantesco compartilhar com elas essa experiência aqui no blog, ideia da Mari.

Então, me deparo com um vídeo hilário de umas velhinhas russas cantando a música One More Time, da Britney Spears (ww.youtube.com/watch?v=HOwDNXQesr4) e penso que quando estivermos enrugadinhas, eu, a Mari e a Zoe estaremos assim, rindo e bebendo da vida, celebrando a companhia uma da outra ao som da Britney

"Give me baby one more time"

quinta-feira, 29 de abril de 2010

¼ de século. E mais um pouquinho

Aos 25, achava o máximo dizer à todos que tinha “um quarto de século de vida”. Parecia ter um monte de anos e uma experiência enorme.

Aos 30, Balzac passou a fazer parte dos meus autores lidos, mas não amados. Odiei “A Mulher de Trinta Anos”. Trabalhava feito doida, me divertia bastante e, sinceramente, num pensava em filhos ou em casamento.

Aos 35 muita água já tinha rolado, meu trabalho tinha mudado bastante, algumas boas viagens e várias lembranças na bagagem. E muitos sonhos.

Hoje me vi em um boteco com muitas outras mulheres comemorando a ida de uma delas para a Inglaterra, para estudar inglês. Exatamente como um dia eu fiz. E, de repente, me dei conta que eu era a mulher mais velha da mesa.

Em um segundo, parece que um filminho passou rapidamente pelos meus olhos. 

Quer saber? Adorei o que vi.

Fiquei feliz por tudo o que passei, pelas escolhas que fiz, por tudo que chorei e pelos sonhos que ainda tenho – Japão! – e sei que ainda vou realizar.

Aos meus frescos 40 anos, sinto que ainda tenho um monte de anos para frente e muita coisa para aprender. E também algumas “encanações” que preciso resolver: como será ficar velhinha sem um filho, um marido ou família? Será que a minha situação financeira será tranquila? Será que terei saúde para curtir a vida? Um companheiro, quem sabe? Aff… quanta coisa!

Aí me lembro de uma tia minha, de uns 75 anos, solteira desde sempre. Ela se preparou para a vida. Teve seu ofício, guardou seu dinheiro, cuidou da saúde. Tem um monte de amigos, é voluntária e viajou pelo mundo todo – mesmo! E ainda me cobra: quer que eu a leve para saltar de pára-quedas. Ficou com vontade depois que viu minhas fotos e o cardiologista já liberou!!!

Já tenho meu exemplo. Que venham mais 40!


Um cheiro, Zoe. 

Desejo, literatura e reparação

Uma das coisas que mais amo no meu horário inusitado de trabalho (entro às 15h30) é o tempo que tenho para almoçar tranquila em casa. Depois de comer, ainda tenho tempo de descansar e zapear a TV. Descobri que nesse horário há ótimos filmes na TV a cabo.

Dias atrás, após almoçar, revi um filme de que gostei muito no cinema: Desejo e Reparação. A história é sobre uma irmã que escreve um livro para contar sua versão sobre um grande acontecimento da sua infância. No passado, ela acusou o caseiro de sua casa, namorado de sua irmã mais velha, de ter cometido um crime, do qual ele é inocente. O filme narra a reviravolta que essa mentira provocou na vida dos dois amantes. Drama puro, mas na medida.

Quando me dei conta, estava chorando (novamente) na cena em que, já mais velha, a escritora conta que alterou o final da história da irmã, no seu livro, para dar ao casal uma felicidade que eles nunca puderam ter em vida. Caí aos prantos. Pensei em quantos casais deixaram de ter um final feliz, ou mesmo um final juntos ainda que nem tão feliz assim, por circunstâncias alheias às suas vontades.

É triste saber de uma história de amor que foi interrompida. Minha avó, que morreu aos 73 anos, até o fim da vida lamentava a morte trágica do seu primeiro marido, a quem ela chamava de seu grande e eterno amor. Ela tinha apenas 17 anos quando ficou viúva. Uma dor insuportável, que somente foi adormecida com a chegada do meu avô na vida dela, mas que nunca foi completamente curada.

Se pudesse reescrever a sua história, tenho certeza de que minha avó teria colocado nas páginas do seu livro um final feliz com esse seu grande amor, ainda que, em nome disso, a minha própria existência e da minha mãe estivessem em jogo.

E, tragédias à parte, acho que todo mundo deve ter uma passagem na vida que adoraria reescrever, como na literatura.
 
Irma

Quando a solidão incomoda!!!

Geralmente é raro! Como trabalho com pessoas, e adoro, sou professora e estou em constante contato com as pessoas, aprecio muito meus momentos de solitude, quando posso pensar profundamente, me interiorizar e repensar valores, idéias e opiniões, ou simplesmente não fazer nada, ver programas de TV ridículos, ler, brincar com meus gatos, tomar banho...

Mas há momentos em que a solidão incomoda.  Momentos em que gostaria de ter alguém especial segurando minha mão e dizendo que tudo vai dar certo.   Aquele "monte de lugar comum", baboseira, blá... blá... blá..., chamem do que quiser, que é exatamente o que te conforta junto com aquele mão que te segura.

Algumas dessas ocasiões é quando estamos doentes, quando vamos fazer exames de saúde, quando estamos com medo de nossa apresentação não ser boa o suficiente, quando estamos inseguras, quando estamos tristes, ou quando nos sentimos terrivelmente só pois nossa solitude naquele momento não está nos preenchendo.

Então ela incomoda e você se sente pequena como a Alice que encolheu! O medo, a tristeza, a insegurança, magnificam esse sentimento e a solidão tráz consigo o sentimento de desamparo. Ficamos perdidas, sem saber o que fazer, pra quem ligar, se esperamos para ser socorridas ou se saimos gritando por auxílio.  Mesmo nós que somos e sabemos que somos FORTES balançamos, o queixo treme, o olho tem um brilho mais embaçado e molhado, a boca se aperta, o nariz escorre... estamos chorando, não dá pra segurar e voltamos a ter cinco anos e fomos abandonadas...

E algumas fazer é só fazer isso mesmo, deixar sair.  Chorar... um pouco. A força volta e provavelmente uma boa amiga te liga, porque sentiu que você estava quieta demais! Obrigada amiga!

beijocas,

Mari.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

PARA SEXO DURAR MAIS, INGLESES PENSAM EM JOGADOR DE FUTEBOL

Gente, é isso mesmo que vocês leram. Segundo uma pesquisa do tablóide "The Sun", os ingleses pensam na imagem de um jogador de futebol para postergar o tempo do sexo e dar à gata uma noite inesquecível de prazer. Para a maioria dos machos pesquisados pela Lloydspharmacy.com, a imagem mais comum é a de um tal jogador do Aston Villa, um centroavante que tem 1,88m. Outros admitiram pensar no time completo do Arsenal.

Já imaginou? A gata pensando que o cara tá se deliciando e ele, na verdade, tá lá pensando em um macho suado e peludo para ver se consegue retardar o "grand finale". Será que vale o "esforço"? Claro que a gente adora quando o cara faz e desfaz na cama pra dar muito, muito, muito prazer pra gente. Principalmente se nos proporcionar uma looooooonga noite de sexo. Mas precisa segurar o tchan pensando em outro homem? Isso tá mais pra uma cena brochante do que para uma cena de doação à amada.

Sei não esses ingleses. Mas eu ficaria incomodadíssima se soubesse que meu gato pensa no Ronalducho ou no Adriano pra me deixar louca na cama.

Irma

Preciosidade!!!

Se você não assistiu assita ao filme "Preciosa" (Precious in english!), é o nome da protagonista que contrasta incrivelmente com ela mesma e sua vida.  O filme é de um conteúdo cru, forte, que estraçalha com idéias e padrões de comportamento formados. É real e dolorido.  Mas Precious se expõe, se acredita, se valida quando se dá voz!

Este filme nos deu uma mensagem aqui pro blog: Põe no papel.... escreva suas emoções.
Estamos vivendo isso aqui e gostaríamos de agradecer a todos vocês que estão nos lendo e comentando.
Está sendo muito legal.
Pessoas conhecidas e desconhecidas que de uma forma ou de outra estão nos atingindo e se sentem atingidas por nós.

Nos sentimos então acompanhadas por vocês...
Sozinhas escrevemos e nos discorremos em temas e acompanhadas somos lidas e comentadas.

Preciosidade são estas conecções, como a família, os amigos, os AMORES....

Boa semana....

beijocas,
Mari.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Pouco já basta para ser romântico

Eu era criança, mas a cena nunca saiu da minha cabeça. Um casal de idosos namorava no Habib's. Os dois comiam esfihas, claro, mas o que me chamou a atenção é que ao lado da mesa havia um balde de gelo com um espumante dentro. E, de tempos em tempos, ele chamava o garçom para servir a taça da companheira.

Na época, eu e minha irmã achamos muita graça no homem que tentava criar um clima de romantismo em pleno Habib's. Hoje, quando relembro dessa cena penso em quão linda ela é. Quem disse que é preciso levar a amanda a um restaurante à luz de velas, caríssimo, pra demonstrar amor?


Pequenos gestos fazem a gente se sentir o máximo. Adoro quando meu gato manda torpedos carinhosos, ou deixa mensagens engraçadas no meu celular. Sinto o coração disparar, cada vez que vejo no visor do meu celular o nome dele aparecer. E paro qualquer coisa que estou fazendo - incluindo dirigir - para ler a mensagem.

Uma amiga querida sempre me mostra os recadinhos que guarda de seu belo no celular. E conta animadíssima cada pequeno presente que o gato lhe dá: um bombom deixado na bolsa, um chaveirinho pequeno no formato de ursinho, uma flor pequenina. Simples assim, grandioso assim.


Claro que se o gato quiser dar um anel de diamantes, qualquer mulher vai achar o máximo. Mas o que a gente mais gosta mesmo são dos pequenos gestos de romantismo. Coisas que mesmo sem dinheiro, sem tempo, qualquer homem pode fazer. Como tomar champanhe comendo esfiha no Habib's.


Irma

Esposa ou Gueixa?

Conheço uma amiga que “namorou” um cara casado por cinco anos. O interessante é que ele era super presente: saía da casa dela todos os dias pra lá de meia-noite, depois de um belo jantar, muito vinho, risadas e “otras cositas”. Melhor impossível.

Ou não.

Depois de certo tempo, com a chegada “de tudo aquilo que os namorados fazem juntos”, como aniversários, festas de final de ano, da empresa e tudo mais, as coisas mudaram. A vontade de compartilhar o “namoro” com os amigos e ter companhia em eventos sociais, fez com que o desejo de tê-lo só para ela aflorasse.

Claro que muitas conversas, choros e brigas depois (além de alguns anos...) os dois se separaram de fato. O que ficou foi a certeza de que a esposa oficial tinha o seu lugar cativo. Além da questão financeira, o papel social da esposa era claro e muito bem cumprido: ela não trabalhava, cuidava das crianças e tudo mais. Do outro lado, uma executiva, que trabalhava enlouquecidamente, com personalidade forte, cheia de opiniões e vontades. Mas sempre disponível para aquele homem.

Com uma, ele partilhava a vida social e familiar; com a outra, os desejos e a possibilidade de discutir coisas do "mundo dos homens". Uma era a esposa, servil, recatada e socialmente apresentável. A outra, era como uma gueixa, que estava disponível 100% durante aquele período, onde prazer e soluções para o trabalho se misturavam. A gueixa ajudava na vida profissional da mesma forma que a esposa apoiava a família e tudo mais.

Por incrível que pareça, o rapaz parecia gostar muito da gueixa, mas não conseguia deixar a esposa. A balança não pendia para um único lado. E isso é mais comum do que parece. Se ele não se decidiu, ela o fez. Sofreu, claro. Mas prefere assim. Hoje está tranquila.

Cabe às gueixas escolherem de fato se o título lhes pertencem. Uma outra conhecida minha, namora um homem casado desde a época da faculdade (e lá se vão quase 20 anos...) e, pelo o que sei, está muito feliz, obrigada!

Gueixa, Helena ou Porcina, não sei. Certo ou errado, num posso julgar. A felicidade é composta por milhões de detalhes e somente as personagens que fazem parte daquela história podem decidir.

Às amigas, resta oferecer um ombro amigo, colo e paciência e persistência. Ah! E um pouco de chocolate também.
 
Um cheiro, Zoe.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Maneiras (ruins) de dizer adeus

1978 - Duas amigas saem do colégio. Uma delas, Silvia, está radiante porque acaba de ganhar uma fita cassete do namorado, com músicas que ele gravou especialmente para ela. As duas vão direto para casa ouvir as canções. Na primeira delas, a voz inconfundível de Caetano:


"Podemos ser amigos simplesmente, coisas do amor nunca mais"



Já no primeiro verso, Silvia cai em prantos. Pra bom entendedor nas coisas do amor, meio pé na bunda é suficente pra saber que a canção é um fora daqueles bem doídos. Silvia não consegue ouvir a música até o fim e até hoje, quando a voz de Caetano começa a embalar a letra da canção "Chuvas de Verão", Silvia relembra com ódio daquele momento.

2010 - Após um ano de namoro com Clara, Marcos (nomes fictícios) resolve dar um fim na relação e brinda sua liberdade no Facebook, onde conta com 150 amigos para compartilhar a vida em poucas palavras. Na rede, ele posta a seguinte frase, (in)diretamente direcionada à Clara, uma das 150 "amigas":


"A maior alegria da vida é a liberdade"


Nem preciso descrever o quão pequena Clara se sentiu ao ler o fim do caso deles resumido de maneira tão chula na internet. Assim como Silvia, ela vai demorar anos para se recuperar do trauma.


Em comum, as duas histórias têm a forma "inovadora" e péssima de dizer adeus. Ou melhor dizendo, o desprezo pelo sentimento alheio num momento tão difícil. Fico pensando o que leva alguém a expor a dor do outro em público.


Em qualquer relação, as pessoas aguardam o momento mais íntimo, a sós, para revelar pela primeira vez as três palavrinhas tão desejadas no começo de qualquer paixão: "Eu te amo". Não conheço ninguém que tenha dito essa frase para o namorado (a) pela primeira vez durante um protesto em plena Avenida Paulista.


Do mesmo jeito, acho que qualquer pessoa deve ter cuidado na despedida. As quatro palavrinhas: "Foi bom enquanto durou" também merecem ser ditas num momento íntimo, com toda a delicadeza que o fim de qualquer relacionamento exige. Afinal, nada precisa parecer pior do que já é.


Irma

domingo, 25 de abril de 2010

Para os homens importantes!!!! (Em especial meu Pai!)

Pegando a deixa da Zoe de que nós mulheres também precisamos de um grande homem que nos apóie e valorize, gostaria de escrever hoje para os homens em geral, pois adoro os homens (e como diria a Zoe, sem sacanagens! mas como eu mesma diria, com e sem sacanagem...hahahaha).

Sou a única filha mulher de meus pais que tiveram cinco filhos, ou seja, tenho quatro irmãos.  Felizmente não sou a caçula...hahahaha... mas me diverti e me divirto muito em minha família.   Vocês podem imaginar as histórias...  Mas o importante é que como mulher cresci sabendo o meu valor, meu pai e minha mãe me ensinaram isso e sempre tive o carinho e respeito dos meus irmãos, até mesmo em situações bem difíceis que sei não concordavam comigo, eles sempre respeitaram minhas opiniões e minhas decisões.

No texto "Alice no país das Maravilhas" da Irma, (se vc ainda não leu, não perca pois é fantástico!), ela comenta que numa situação de extrema importância da vida dela seu avô foi a única pessoa que a apoio integralmente!  E com isso me deparei com uma grande verdade: Nós mulheres precisamos muito de homens que saibam nos enxergar verdadeiramente e que nos apoiem!  Até me lembrei do filme AVATAR " I see you" quando a pessoa é vista por sua essência! Adorei este filme e o papel dofeminino no filme...tão Iunguiano.....

Hoje comentando sobre o blog na festa de aniversário da minha querida sobrinha Victória com o pessoal lá do interior que eu adoro, alguns bons amigos, minhas primas queridas, cunhadas e meus irmãos, um deles me disse que ainda não havia lido o blog porque com certeza será extremamente FEMINISTA!!!! (quase como se isso fosse um crime!!!).   E fiquei então a pensar se isso seria verdade e sabe de uma coisa?  É sim!
É feminista, mas principalmente, FEMININO!  Acho contudo que, o que alguns homens ainda não sacaram é que o Feminismo é muito bom pra eles também.   A mulher independente, realizada, dona do seu próprio nariz e coisas, tira todo o peso das costas deles. Ele não é mais o RESPONSÁVEL por tudo! O conjunto da obra pode ser escrito com todas as mãos disponíveis e todos podemos nos orgulhar disso.

O feminismo não é somente a luta das PESSOAS contra o machismo opressor, é também a valorização da mulher.   É ela se saber capaz!  Tira dela o papel de vítima, que somente prejudica e aflige, os homens, principalmente.   A mulher inteira não manipula, ela age.   Não espera somente, ela ajuda.   Não quer tudo pronto, ela ajuda a construir.

Observamos historicamente que onde a mulher é muito oprimida, onde o feminino é desvalorizado e corroído há muito sofrimento desnecessário.  Quando se perde o equilíbrio entre o feminino e o masculino, a mágoa, a dor, o desespero e infelicidade reinam.   E para que o feminino seja valorizado e respeitado não se precisa, nem se pode ou deve, desvalorizar o masculino.   Esta é a grande parceiria da vida!

E eu agradeço muito a todas as mulheres fantásticas que cruzam e cruzaram minha vida, minha mãe, minhas avós, minhas tias, minhas primas, minhas sobrinhas, minhas amigas, minhas alunas.....
Mas ter o apoio de homens fantásticos como o foi meu pai querido(ele que me disse incessantemente que eu era inteligente, forte, capaz, que eu seria tudo e qualquer coisa que quisesse, que sempre acreditou em mim mesmo quando eu mesma não o fazia!) meu avô, todos os meus quatro irmãos com suas peculiaridades e características individuais, meu sobrinho, meus amores (well well todos tiveram sua importância....), meu querido médico (vc sabe quem é!!!), meus amigos e meus alunos foi e é essencial para eu ser a pessoa que sou hoje, e eu sou feliz com quem sou hoje!!!.

O apoio masculino reforça, estimula, nos ajuda a criar, a ser, a buscar.  E nos ajuda a sermos MELHORES!

Por isso tudo eu queria homenagear os homens, os homens bons!!!!  Aqueles que buscamos incessantemente, aquele que queremos amar incondicionalmente, aquele que nos faz íntegras!

E por favor PAGUEM a conta do primeiro encontro e não se esqueçam da GENTILEZA!!!!!  Nós mulheres independentes sabemos retribuir!  Vocês podem contar com isso (como disse um comentarista masculino muito especial no texto da Irma!!!!).

beijocas,
Mari.

Será que eu não enxergo bem?

Lá pelas 10 horas da noite, durante uma reunião de orçamento na empresa onde trabalhava, surgiu uma conversa paralela após uma pequena pausa. O diretor perguntava para o superintendente como ele havia se entendido com a mulher dele, já que aquela era a noite de aniversário de casamento e o trabalho não estava nem pela metade. A resposta foi fantástica: "Ela entende. Depois eu compenso".
 
Eu, a única representante do sexo feminino em uma diretoria com oito pessoas (e por sinal a única solteira...), afirmei, sem qualquer constrangimento ou recato: "E compense bem, porque homem nenhum aguenta a vida que nós levamos".
 
Sinceramente não acho que estou errada. Trabalhar enlouquecidamente, no meio de um monte de homens, com compromissos e jantares com homens num deve ser fácil até para aquele homem de auto-estima elevada.
 
"Não é ciúme, mas é que já temos pouco tempo para ficarmos juntos e ainda tenho que dividir você com um trabalho que não tem hora para terminar e que, por acaso, tem 'aquele cara'". Eu escutei algo assim.
 
Talvez a minha sorte esteja mais para o trabalho ou tenho um problema de visão que vai além das minhas lentes, porque muitas mulheres mantém relacionamentos sérios e constróem uma família.
 
Não sei da qualidade desses relacionamentos e acredito que é dificil para um homem, mesmo aquele que se diz muito moderno, entender uma mulher que viaja três em quatro semanas e vive rodeada de companheiros de trabalho.
 
O que sei é que acredito sim que existem homens legais, que podem muito bem aceitar e entender a profissão de sua companheira e tudo mais o que essa escolha acarreta. O mais importante, para mim, não é quantidade, mas sim qualidade. Prefiro ficar sozinha, mas muito bem acompanhada, do que aguentar homens que não impulsionam a minha vida.
 
Se atrás de um grande homem existe uma grande mulher, que atrás de uma grande mulher exista um grande homem!!! (sem sacagens, heim?)

um cheiro, Zoe.

Alice no País das Maravilhas

Fui assistir "Alice no País das Maravilhas"ontem e saí cheia de ideias, pensando nas várias mensagens que o filme me deixou. Na versão de Tim Burton, Alice tem 20 anos e acaba de ser pedida em casamento por um lorde, que não lhe agrada nem um pouco. Ela ouve o conselho da irmã, de que casar vale a pena, mas antes de responder se aceita a proposta, ela  resolve fugir seguindo um coelho que a leva para o mundo subterrâneo. Aí vem a história que todos conhecemos, ela cai em um buraco e entra no país das Maravilhas.

Mas por trás do sonho, há muita realidade que transportei pra mim mesma. A história de Alice é sobre decisões importantes que temos que tomar na vida. E o casamento é a primeira grande decisão que não depende dos outros e, sim, de nós mesmos.

Aos 22 anos, eu namorava há bastante tempo e estava prestes a me casar. Eu gostava do meu namorado, mas não a ponto de querer viver uma história mais longa com ele. Resolvi "fugir"como Alice e dar de ouvidos aos conselhos da minha família, que à época achou que eu havia pirado. Lembro que a única pessoa que entendeu o momento foi o chapeleiro maluco do meu avô que disse

 "Você é nova, tem que viver e fazer suas escolhas"

Como Alice, eu tomei poção para encolher e comi bolo para crescer. E crescer muitas vezes me deu uma baita vertigem como no livro de Lewis Carrol. A cena em que Alice cresce tanto a ponto de não enxergar os seus próprios pés pode ser comparada a muitos momentos da minha vida. Em muitas decisões que tomei, eu me senti pequena. E em outras, me senti grande demais.

E fui levada, como a meninha loira de olhos claros, a pedir conselhos à sábia lagarta azul, Absolon, que para mim nada mais é do que meu terapeuta. Achei engraçado que no filme, a lagarta aparece falando e jogando a fumaça do cigarro na cara de Alice. Ri por dentro ao lembrar que até hoje, dez anos depois, muitas das coisas que meu psicólogo fala chegam a mim de forma esfumaçada.

O que Alice descobre em seu sonho é que para enfrentar o seu medo é preciso estar do tamanho certo: nem acima do problema, nem abaixo dele. É quando ela ouve o conselho da rainha branca

"Não faça nada para agradar os outros. Tome a decisão por você. Porque você estará sozinha na hora de enfrentar a criatura"

E a criatura metaforicamente nada mais é do que o nosso medo. Medo de casar, medo de se separar, medo de ficar só. Mas para tomar a decisão por você mesma, alerta a lagarta azul, é preciso saber quem você é. Ou seja, é preciso saber o que você quer da vida. Na dúvida, olhe para dentro. E, como diria meu sábio psicólogo, procure as respostas nos sonhos ou siga o coelho. O nosso inconsciente sempre tem boas saídas para o que queremos fazer.

Irma

sexta-feira, 23 de abril de 2010

"Mulher que usa calcinha bege quer se divorciar"

A frase é do meu cunhado, um profundo admirador de lingeries, daqueles que recebe catálogo de calcinhas no nome dele, em casa, para escolher e presentear a mulher. Ele é tão chegado no underwear que não deixa a mulher, minha queria irmã, sair de casa sem combinar a calcinha com o sutiã.

Concordo plenamente com ele, apesar de não seguir à risca diariamente seu conselho. Tenho que confessar que muitas vezes, na correria, só combino as cores das peças. Mas não deixo de gastar tubos de dinheiro pra comprar conjuntos incríveis de lingeries todos os meses.

Afinal, qual de nós não gosta de se sentir sexy para o amado? E um bom corpete, uma cinta-liga, uma calcinha com strass ou uma bijuteria de corpo (que estão super na moda, vejam o site da Fruit de La Passion) podem fazer a diferença na cama. O homem que não gosta ou não dá atenção para isso não tá com nada, pra usar uma expressão bem adolescente.

A gente se sente tão poderosa que merece mesmo ser notada e elogiada pelo conjunto da obra. Nessa hora, vale até transar com calcinha, sutiã e tudo. Uma vez uma amiga me disse que achava estranho quando o namorado pedia para ela não tirar o sutiã.

_ Isso parece coisa de filme americano!, ela dizia.

Discordo. Acho que um bom sexo é feito sem regra. Vale tudo mesmo. Até transar de meia, ou você leitora vai dizer que não é sexy transar com uma sete oitavos maravilhosa?

E a frase do meu cunhado é importante para lembrar às mulheres casadas, que nunca se deve perder o encanto da sedução. Se faz tempo que você não leva pra cama um bom conjunto de lingeries, corra e vá às compras. Cada elogio recebido do maridão vai valer cada prestação do cartão de crédito.


Irma

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A falta de gentileza masculina

Uma amiga me conta absolutamente nervosa sobre o cara que ela está saindo há dois meses. Sua reclamação é que o belo, que tem uma moto, não se esforça a mínima para buscá-la em casa.

Vamos aos fatos. Ele mora na Zona Leste. Ela mora na Zona Oeste e não tem carro. Como na música do Jorge Ben Jor " O que está pegando é que ela mora muito longe". Para encontrá-la, ele sempre marca direto no lugar, na casa do amigo, no bar, no restaurante. Nunca vai até a casa dela. Em dois meses, ela colocou no papel os gastos com o táxi: perto dos R$ 1.000.

_ Sou eu sempre que tenho que me desdobrar para ir até onde ele está. Se a gente vai sair à noite, ele diz que não pode pegar a moto. Se é de dia, ele dá uma desculpa para eu ir até ele.

Não ouvi a versão dele e pelo andar da carruagem, acho que nunca vou ouvir, porque ela está prestes a dar um pé nele (por outros vários motivos que não cabe me estender aqui). Mas o que me chama a atenção no caso é que nós mulheres somos independentes e livres, mas não abrimos mão de gentileza e cavalheirismo por parte dos homens.

Tudo bem dividir a conta do motel, do restaurante, da balada. Mas depois de dois meses, o cara continuar ligando pra dizer "vem pra cá de ônibus" é uma falta de carinho e cuidado que nos faz concluir: "se está assim com dois meses, imagina com dois anos".

Uma outra amiga me disse que marcou um encontro com um cara, que havia conhecido pela internet, num café. Na hora de pagar a conta, ele se fez de desentendido e ela pagou os R$ 10. Ficou indignada com a postura dele.

_ Pra mim, o homem tem que pagar tudo na primeira vez. Depois até aceito dividir a conta, mas da primeira vez, não.

Os dois exemplos, com suas particularidades, me levam a crer que, no fundo, queremos sim galanteios à moda antiga. Isso demonstra atenção especial, um carinho e não necessariamente a clássica divisão entre homens e mulheres.

Costumo brincar que nenhuma mulher vai cobrar de um homem todos os gastos que ela tem antes de se preparar para vê-lo:

Depilação de corpo inteiro = R$ 70
Unhas das mãos e dos pés = R$ 30
Um conjunto sexy de lingeri = R$ 130
Escova no cabelo = R$ 70

Entre outros mimos que nos damos de presente para ficarmos lindas para nossos homens. Até porque a gente faz tudo isso primeiro para se sentir desejada. E, sem o gato ao lado pra provar e aprovar o conjunto da obra, não tem como se sentir amada e desejada.

Fazemos tudo isso porque isso faz parte do carinho, da sedução, do namoro. E é essa mesma atenção especial que queremos deles ao pagar a conta do primeiro café, ou nos buscar em casa de vez em quando.


Irma

O relógio biológico e filhos!

Quando assistimos alguns filmes, especialmente os vindos diretamente de Hollywood, ouvimos com frequência a expressão "My biological clock is ticking!", e o que exatamente isso significa?  - Bom queridas, "estou beirando a curva da boa esperança", "acabou a festa e está na hora de me tornar séria", "tenho pouco tempo pra colocar a escola de samba (ou o meu bloco) na rua", "estou na beira do desespero", "preciso arrumar alguém logo"... e por aí vai!

Mesmo depois de tantas mudanças sociais, tecnológicas, pessoais, emocionais e até mesmo, ouso dizer, antropológicas, há uma cobrança interna e externa do lugar comum da continuidade social, ou seja: a família!
Nos últimos anos vimos percebendo, pelo menos nas camadas sociais onde o nível de escolaridade é maior, que as mulheres têm outras preocupações anterior à formação da família.  Ser bem sucedida, estar bem física e emocionalmente, ser independente, escolher alguém compatível com ela e principalmente, eu diria, aproveitar bem a vida antes de "amarrar o burro" ( o que não significa necessariamente o casamento em si, mas ter filhos!!!).

E pelas minhas observações de mulher solteira, sem filhos o burro é você!!!  Depois dos filhos as amarras são eternas, no digníssimo pai (que espero mesmo para sua própria sorte seja digno!!!), mesmo quando o casamento acaba e se defaz e, sem dúvida, na criança ou crianças.  Não tem como reciclar, doar, trocar, jogar fora, se esquecer - é seu por toda a vida e se sente seu dono também por toda a vida.  Isso tudo contrastando com o sentimento de maternidade e o que ele evoca, a continuidade, o aprimoramento, as diferenças e semelhanças e sua semente se perpetuando na eternidade.

Isso sem falar quando você está num relacionamento de amor com a pessoa, até hoje, mais importante da sua vida e com a qual você vê a possibilidade de perpetuar esse amor numa outra criatura fruto de vocês. Meu cabelo e o sorriso dele,  minha força de vontade e a paciência dele, meu corpo e a força dele e a inteligência dos dois somadas.  É de deixar Daniel Goleman da tal Inteligência Emocional babando!  Quase mesmo um projeto nazista de aperfeiçoamento de raças - Hitler choraria - Gente???? Piramos total !!!

Contudo, de uma certa forma, isso tudo rola e pinta e faz parte.  E mais ainda, nem sempre o que parece certo o é, e o que parece melhor é melhor.  Acho que seria bem mais interessante se deixássemos as expectativas sociais de lado e nossas próprias expectativas em relação a elas pra trás e assumíssimos uma posição mais coerente com a mulher que somos hoje e que queremos ser amanhã, o que não exclue os filhos necessariamente, mas também não os produz apenas por uma satisfação egóica, ou porque nosso tempo de fertilidade está acabando!!!  A maternidade deve ser mais coerente! E não ter filhos também pode ser legal!

beijocas,

Mari.  

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Minha primeira vez

Dizem por aí que a primeira vez sempre é a mais difícil, nem sempre agradável e sempre dá o que falar.
A minha primeira vez foi complicada. Tinha pensado uma coisa e acabei fazendo outra. Mas me senti meio que obrigada. Afinal, minhas amigas já tinham feito e eu ainda estava em dúvida. E agora? Como fazer? O que fazer? É realmente o que eu quero?
E ta aí: meu primeiro post.

Àqueles de mente fértil, a minha primeira vez foi maravilhosa… e nada complicada! Um dia eu conto.
Eu sou Zoe. Um pouco Alice, um pouco Poliana… Mas também Afrodite e Lilith.
Vamos conversar?

Quando vale a pena abandonar o emprego para se casar

Acabo de ler uma notícia que me deixou pensativa. O casamento de Sthefany Brito e Alexandre Pato acabou depois de 9 meses e 13 dias, com diz a coluna do jornal carioca Extra. Não me chocou o pouco tempo de casamento do famoso casal. Certamente eles foram felizes pelo tempo que deveria ter durado o conto de fadas. Os dois são jovens, ricos e bem-sucedidos. Imagino que devem ter feito sexo do bom durante o período em que estiveram juntos. Separar faz parte, acontece com qualquer um, ainda que num espaço curto de tempo.
Tampouco o motivo da separação me chocou _ Pato estaria caindo na noite, segundo o jornal, com o amigo Ronaldinho Gaúcho, o que teria irritado Sthefany. Qualquer uma de nós, independentemente do tempo de casadas, ficaria irritada com essa atitude. Essa situação, se for extensa, pode mesmo dar um fim ao casamento.
O que me fez pensar na separação deles é a declaração de que Sthefany estaria irritada com as saídas do marido porque "ele havia pedido para que ela largasse o trabalho para acompanhá-lo na Itália". O jornal diz que era de Sthefany "o papel de Cecília Dassi em 'Viver a Vida', mas ela desistiu em nome do casamento".
Não quero julgar as escolhas de Sthefany porque não a conheço. Mas tenho amigas que, como ela, também largaram o trabalho em nome do amor, da pessoa amada, e foram viver em outra cidade, estado ou país, acreditando que o amor preencheria esse espaço. E o que pude ver a partir das histórias delas é que isso não aconteceu.
Com o passar do tempo, elas ficaram depressivas, assustadas, entendiadas e com muita, muita saudade de se sentirem importantes, tendo um emprego pra chamar de seu.
"É muito duro você ter que pedir dinheiro pro seu marido pra comprar um modes", me disse uma delas, que foi morar nos Estados Unidos, com o marido americano.
Nunca me esqueci dessa frase. Sempre que vejo a história de uma mulher que largou o emprego por conta do marido, penso em como isso deve ser duro, não ter a liberdade de ir à loja da esquina sem ter de dar explicações para alguém sobre o que você vai comprar.
Acho que a reflexão que a separação  de Sthephany traz para nós mulheres acompanhadas, apaixonas, ou em vias de se casar, é que amor nenhum, ainda que o dos filhos, pode compensar a perda nossa liberdade. Ainda que a gente tenha que trabalhar apenas para ter o dinheiro do batom ou do pacote de absorvente.


Irma

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Talvez Possamos Melhorar

Então todas nós temos nossa tão malfadada e difamada TPM, em inglês, é chamada de PMS (pré menstrual síndrome!!!). Pra vocês terem uma noção do perigo, é uma síndrome. Então dá margem pra pirar mesmo. Sair gritando. Não deixar nenhum carro entrar na sua frente. Chorar na Marginal, não necessariamente por causa do trânsito, que é fatídico, mas por causa da música que está tocando e às vezes o que está tocando é o Bum Bum Paw do Black Eyed Peãs... Gente, e você lá se lembrando de outra coisa, imersa na sua mais profunda solitude.
E as mulheres que dizem não ter TPM? Que nunca tiveram cólicas? Eu as odeio do fundo da alma.
E pra mim, este é o barato sádico delas, o que é pura TPM, ficarem se gabando de uma normalidade tipicamente masculina! Aiiiii....
Bom, mas caí de banda e esqueci o propósito. Nestes dias de TPM, em algumas horas de solidão, quando não estamos dirigindo, ou conversado, ou brigando, ou fazendo uma dessas coisas corriqueiras; bate um vazio! Um oco, profundo, gutural maior que o buraco negro.
Iria mesmo deixar o Steven Hopkins mais paralisado ainda, (que horror de metáfora! – Gente!!!!! Eu = TPM !!!!
E então meio lamurientas sentimos que queríamos alguém do lado, nos abraçando, e dizendo que em três dias tudo voltará ao normal! Que ele nos ama assim mesmo – inchada, impaciente, gritando, chorosa, feiosa, (by the way... isso ele não deve dizer nunca só pensar!!!!), descontrolada e que mesmo nesses dias somos a razão dele viver!
E então depois de cinco dias tudo volta ao normal (mais ou menos – nada é muito normal ultimamente!). E nos damos conta de que o homem acima, que te abraça e blá blá blá não existe!!! O que os pobres podem fazer nestes dias é nos olhar tipo: “Ai meu Deus do céu a loucura mensal!” sorrir e sair correndo. Muitas vezes eles tentam nos abraçar e mordemos.
E então pensamos passados os fatídicos cinco dias, que ânimo, que alegria, que vontade de abraçar o mundo! Que delícia ser solteira!
E esta se qualifica como a mais nova síndrome, a EPM (Euforia Pós Menstrual), quando nos sentimos “donas do mundo” (bom pelo menos do nosso!) seja acompanhada daquele homem, sonhado acima, que te abraça, seja sozinha (com seu mais novo brinquedo movido a pilha talvez?!).


Mari.

domingo, 18 de abril de 2010

A minha visão


Este será o meu primeiro texto “sozinha” do nosso blog, que é escrito por mulheres para todos que quiserem ler e saber mais sobre nós, por nós.

Escreverei sobre ser só, ou melhor, sobre estar sozinha, viver sozinha, ir a lugares, sozinha. E quando isso é melhor, quando isso é pior, e mesmo porque será que há tantas mulheres sozinhas?

E afinal, estamos ou não querendo sair desta condição?
Gostamos ou não de estarmos nesta condição?
E por que estamos sozinhas???

Algumas de nós estão procurando... não queremos esta condição, estamos tentando e buscando um relacionamento gratificante e satisfatório com alguém que possamos amar. Amar é extremamente importante pra nós mulheres!

Algumas de nós estão simplesmente muito felizes consigo mesmas, levando uma vida bacana, descompromissada, independente, repleta e sem carências. Realmente acredito nisso!

Acontece que muitas de nós não estão inteiramente sozinhas, parecemos estar. Somos socialmente sozinhas e intimamente acompanhadas. Vamos a todos os eventos sozinhas, os convites de casamentos vêm somente com o nosso nome endereçado no envelope, compramos o presente sozinha, pagamos sozinha e escrevemos o cartão e assinamos sozinhas. Mas às vezes nos sentimos mais casada que o próprio casal ao qual testemunhamos a cerimônia de casamento!!! Como assim, perguntam???
Somos as mulheres casadas intimamente com homens já casados socialmente!

Somos muitas e muitas, de várias, senão todas as idades, todas as raças, todos os credos, todos os tipos de personalidade, enfim todos os signos!

Caímos na armadilha, junto com o infeliz “casado socialmente”, acreditando viver intensamente momentos fugazes, deliciosamente eróticos na maioria das vezes, lindos e intensos, mas tão enganadores!

E esperamos, esperamos muito tempo, e com muitas esperanças. Esperança de que um dia ele veja que “é a mim que ele realmente quer”, “sou eu que o faço genuinamente feliz”, “eu não cobro nada”, “eu acredito no nosso amor (mesmo quando ele não está nem acreditando que está com você seja lá de que jeito for!)”. Esperamos com esperança que ele diga “eu te amo”, e que seja verdade!

Há muitas de nós vivendo isso a um, cinco, dez, até mesmo mais de vinte anos!
Somos as pseudo-sozinhas!

E agora Rosinha? (Ia escrever José, mas achei Rosinha, mas propício ao nosso blog!).

Bom, agora, vamos conversar e ver se é aí mesmo que queremos estar, em quaisquer destas categorias por mim discorridas e suas vantagens, desvantagens, conseqüências, pormenores, diversidades e principalmente sentimentos vividos, carregados e provocados!

Acredito que será extremamente divertido pensar com vocês sobre isso tudo que é tão intrinsecamente nosso!

Bem vinda amiga! E boa leitura!!!

Mari.