segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A tatuagem e a entrevista de emprego

Uma amiga minha, Lu, quarentona feliz da vida, resolveu fazer uma tatoo para marcar uma etapa interessante da vida dela e, no fundo, realizar uma antiga vontade.

E fez. E adorou. Já pensa em fazer mais duas, afinal "uma só é muito pouco"!

Mas aconteceu uma coisa muito estranha, que ela jamais pensou que poderia acontecer. Ao se vestir para uma entrevista de emprego, ela ficou extremamente incomodada com a perspectiva de deixar o entrevistador perceber a sua mais nova "amiga pra sempre". E, após um bom tempo escolhendo entre um "visual executivo, porém não muito sóbrio e jamais chato", pegou aquela calça tradicional, uma camisa branca e uma blusa para colocar por cima da camisa, porque, apesar de ser uma peça perfeita, ainda deixava aparecer um pouco o contorno de suas florezinhas nas costas. E isso, ela tinha certeza de que preferia esconder.

A entrevista rolou. E foi muito boa. Mas o calor não previsto, a vez suar um pouco mais do que o desejado. E nada de tirar a blusa... hehe...

O interessante dessa história é que, por mais que as tatuagens já façam parte da nossa vida (conheço muuuita gente com belos desenhos no corpo), ainda somos preconceituosos com quem decide enfeitar o corpo.

Outro dia, num momento zen, assistindo a MTV, pude acompanhar um desses realities shows. Falava sobre pessoas tatuadas que sofrem com esse tipo de marginalização. Um rapaz,entregador de pizza, não conseguia evoluir para um emprego de atendente num restaurante. Teve que dolorosamente apagar algumas de suas tatoos para ser admitido na nova função. A mesma coisa aconteceu com uma menina.

Não parece estranho no mundo de hoje o preconceito (ou medo) que cerca desse tipo de coisa? Desde quando o profissionalismo está ligado à escolha feita por uma pessoa em se vestir, seja pele ou roupa? Afinal, tatoo não é mais exclusividade de yakusa ou prisioneiro, né? Está até na moda!

Eu mesma já sofri com algo diferente, mas parecido. Meu cabelo vermelho e minha cor predileta para roupas já foram alvo de comentários de algumas executivas do tipo "bolsa de grife famosa com marca estampadona em todo canto". Tudo o que eu não curto!

Empresas de recrutamento e seleção sempre indicam o terninho básico para entrevistas. Unhas claras, pouca maquiagem. O código corporativo é claro. E chato. Por vezes, muito machista.

Algumas profissões são mais flexíveis, claro. Mas no geral, a coisa é feia mesmo. Qualquer coisa que saia do padrão, complica. Muito gorda, tatoo, cabelos vermelhos, cabelos muito curtos... Parece que temos que ser mulheres magras, escovadas, de terninho e scarpin, e homens de termos escuros, gravatas vermelhas ou azuis e sapatos clássicos. Que saquinho...

E o que fazer? Brigar com o mundo não adianta. No meu caso (escolhi viver nesse mundo corporativo), a minha solução é simples: a pessoa jurídica é básica, mas com acessórios interessantes; mas a pessoa física, não perde a oportunidade de usar um sapatinho rosa chiclete!!! E a minha tatoo não aparece.

Que tal?

Não acho que seja errado camuflar esse tipo de coisa. Acredito que com isso você preserva um pouco mais a sua verdadeira identidade. Afinal, trabalho é apenas um ofício, não a sua vida.Queremos crescer e as pessoas que estão lá não necessariamente serão suas amigas... Então, melhor achar o meio termo.

Àqueles que são malucos por tatuagens, vale a pena escolher bem o local e o desenho, afinal, é para sempre ou doi. Muito, aliás!

Enquanto esse mundão não entender que a aparência nada tem a ver com profissionalismo, melhor cuidar da gente.

Um cheiro,

Zoe.
Ah! E a minha tatoo é um dragão!

domingo, 29 de agosto de 2010

Sobre a Ética


Neste ano de eleição que todo bate papo acaba entrando nesta questão, achei muito importante falar um pouco sobre Ética.  As pessoas falam muito sobre os políticos, a política, a eleição, a corrupção.  Mas acho mesmo que um país só muda algumas de suas características quando as próprias pessoas mudam, e em minha opinião isso tem muito a ver com ética.

É muito, mas muito mesmo difícil ser ético.  Eu tento muito e devo confessar nem sempre sou.  Com certeza faço umas sacanagens aqui e ali.  E não tenho muito orgulho disso não. Algumas coisas e comportamentos parecem estar arraigados em nosso DNA e fica difícil, mesmo sabendo o que é certo, optar pelo ético sempre. Alguns exemplos: sonegar imposto, estacionar em lugar proibido, comer e não pagar no supermercado, colar em testes e provas, mentir, trair, tirar proveito de pessoas e situações, etc... Tem uma lista imensa e às vezes achamos que não significa muito e tentamos quantificar e qualificar o que pode ser permitido e quando o fazemos não estamos sendo éticos.

O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social.

Portanto se o que se está fazendo prejudica alguém socialmente, é éticamente errado.  Quando pensamos nisso tudo votar se torna mais difícil ainda. Por isso precisamos pensar muito e pesquisar um pouco.  Não adianta também só condenar e jogar pedra.  Dizer que a candidatura do Tiririca é o fim da picada, etc.
Temos que ter mais consciência pra votar, saber porque estamos depositando nossa confiança naquele candidato.  Reconhecer o benefício e importância das eleições, do nosso voto e antes de pregar por aí nossa opinião, sabermos bem porque a temos e não irmos acreditando em tudo que nos mandam por emails  e publicam nas revistas. E procurar entender porque a maioria das pessoas está tomando a posição que está.  Ter simplesmente uma posição arrogante de superioridade é tão insensato quanto não procurar entender socialmente a questão.

Precisamos também desenvolver um espírito mais cidadão e procurarmos ser pessoas melhores e consequentemente uma sociedade melhor.  Procurar rever opiniões e cultivar uma atitude mais ética dentro de nós mesmos e de nossas vidas para que realmente possamos mudar socialmente.  Os políticos e a política não mudarão se não mudarmos, eles não acreditarão na educação e na saúde se nós não crermos.  Eles não farão mudanças sociais se nós não fizermos e não pensarmos diferente.

Se queremos mudanças sociais temos que mudar nossa sociedade e não somente esperar que o governo o faça.

beijocas,

Mari.

Pequenos prazeres da vida

Nunca foi costume lá em casa, quando éramos crianças, almoçarmos aos domingos todo mundo junto, sentado à mesa, naquela típica cena de família cristã. Sempre foi cada um por si. Cada um fazia o seu prato e comia onde queria, geralmente na sala, assistindo TV. Apreciar a comida e o bom papo à mesa nunca foram ingredientes saboreados pela minha família.

Fui aprender o valor de um almoço assim, todo mundo sentado em uma cadeira, com pratos bem montados, uma mesa bem arrumada só quando me casei. Adoro a cena de um passando a comida para o outro, todo mundo falando da vida, da semana. Dou o maior valor a isso. Mesmo sem saber cozinhar, prezo muito uma mesa bem decorada e a companhia de pessoas queridas, sentadas à minha volta, com a TV longe e desligada, num almoço sem hora para começar e sem hora para acabar.

São coisas simples que fazem uma baita diferença na vida da gente. Eu que ficava deprimida com o domingo, na infância (tem coisa pior do que a música do Fantástico lembrando que a segunda-feira tá chegando?), hoje prezo muito esse dia. É quando conseguimos mais tempo para um almoço em família.

Hoje, domingão, quero ter esse prazer. Sentar, comer e rezar pra que eu nunca mais perca pequenos prazeres na vida!

Bom domingo  e um ótimo almoço pra nós!

Irma

sábado, 28 de agosto de 2010

Uma boa surpresa

Acabei de receber um e-mail de uma amiga e quero dividir com vocês. Bela história.

"Querida Zoe,
ontem tive uma enorme e boa surpresa: como você sabe, não estou bem no trabalho e isso me deixa, por vezes, atordoada. Tive uma entrevista e a coisa não andou como eu queria. Foi estranho, não me senti bem... Enfim: acho que não é o que eu quero. Ou é, mas estou com medo. Sei lá.

Mas isso não é importante agora.

Tinha combinado de encontrar o Eduardo ontem, em casa, após o tal compromisso. Você lembra dele? É aquele meu antigo namorado, continuamos enrolados... Sabemos que nunca vai dar certo, mas, ao mesmo tempo, não conseguimos nos afastar totalmente. Então, uma vez por semana nos encontrarmos. E falamos bastante por telefone também. É bom, mas não perfeito e sabemos que nunca vai dar certo por "ene" motivos que não veem ao caso.

Bom, o fato é que dessa vez foi perfeito.

Eu estava tão chateada com a situação que tudo deu errado.
Estava atrapalhada com tudo. Derrubei pratos e copos.
Esqueci de comprar petisquinhos para a entrada.
O jantar ficou completamente salgado.
O vinho, muito gelado. Tudo o que geralmente não acontece. Você sabe o quanto sou perfeccionista...

Mas foi tão bom!

Ao perceber o meu estado deplorável, Eduardo, geralmente falastrão sobre o próprio trabalho e vida, foi o melhor amigo e companheiro que eu podia ter naquela hora. Extremamente compreensivo, conversou comigo longamente, abordando todos os detalhes com uma grande delicadeza. Falou das possibilidades de agora, elogiou meu profissionalismo (afinal, trabalhamos juntos no passado!), deu boas ideias, reforçou a necessidade de eu me equilibrar para poder seguir e frente. E sugeriu exercícios de limpeza e captação de energia positiva!

Pode? Uma grande surpresa, realmente.

Depois de um jantar catastrófico, a sobremesa não foi nada menos do que a vontade dele em me dar prazer. Um prazer enorme que acabou em um choro profundo e muitos abraços e beijos e a certeza de que alí, eu estava segura.

Ele me deu o carinho e a proteção que eu tanto precisava naquele momento. Foi muito bom. Daquelas cenas que você não esquece nunca e agradece sempre por ter vivido.

Ainda conversamos por horas, demos algumas boa risadas e fomos dormir grudadinhos.

Sinceramente não esperava receber tanto de alguém que não faz mais parte do meu dia a dia. De alguém cujo propósito é simplesmente curtir o momento.

Mas às vezes uma boa surpresa acontece. E, puxa, salva a noite de um dia caótico!
Tinha que te contar!

um grande beijo,
Beatriz"

Acho que num preciso comentar nada, não é? Me digam vocês...

Um cheiro,
Zoe.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A Magia de cada um!


A magia antigamente chamada pelos Magos de a grande ciência Sagrada é o Sagrado de cada um.  E todos nós temos o nosso sagrado, nosso eu intrínseco e inerente.  Pra mim nossa magia é o nosso eu, nossa alma!

Lua Nova do blog "Chocolate com Pimenta" me mandou este selinho tão legal e a sugestão para falar sobre isso que veio de um outro blogueiro Gilmar Moraes, de Belo Horizonte... que veio de outro blog, que veio de outro blog, e todos os blogs que aqui passarem sintam-se convidados a compartilhar sua ideia de magia, então vamos lá...

A magia ou a grande ciência Sagrada são os nossos desejos que tornamos realidade.
É o aprendizado que é a própria vida, com suas lições absurdas e sensatas.
É o amor que recebemos quando o sentimos seja de quem quer que ele venha.
É a sensação de amar e dar amor, seja ele corporal e erótico, seja espiritual e etéreo.
É rir.
É sorrir.
Se conhecer e mesmo assim ter esperanças, ter compaixão e ter amor por você mesma.
Lutar as batalhas individuais que temos cada um de nós.
Ajudar quando podemos e tentar quando achamos que não podemos.
É viver e não ter vergonha de ser feliz! (Já disse Gonzaguinha!)

Agora tirando total a seriedade do assunto e só pra terminar de um jeitinho bem eu, ok gente????
Tem magia melhor do que ver os homens atletas em seus uniformes????... Gente, amo!!!!
Baseball e seus homens fortinhos!!!!   American Football... e seus homens cheios de adrenalina e testosterona!!! Basket Ball e Volley Ball e seus gigantes - homens que literalemente podem ser escalados!!!
E o caras do All Blacks da Nova Zelândia jogadores de Rugby, fazendo a dança Maori Haka, depois que vi aquele filme Invictus...fiquei maluca.... hahahaha...


Bom gente magia é magia e vamos dar graças à mãe natureza por tanta boniteza...hahaha.... Já pensou um desses sujeitos te agarrando com essa vontade????  Ai Meu Jesus Cristinho!!!!!

beijocas,

Mari.

Uma mulher bonita incomoda muita gente, uma mulher gorda incomoda muito mais


Aconteceu no fim de semana, mas não consegui digerir a história ainda. A cantora americana Mariah Carey veio ao Brasil para um show em Barretos, como todo mundo soube. Chegou na sexta e foi direto do aeroporto para uma churrascaria nos Jardins, aqui em São Paulo. Visilmente acima do padrão das mulheres mais gostosas do mundo, ela foi alvo de todo tipo de crítica nos jornais, revistas, TVs, twitters...

Eu, como jornalista, entendo que uma pessoa pública como ela é sempre alvo de comentários sobre a aparência. Mas tudo tem limite. Achei extramente pejorativo escreverem na imprensa: "Presença de peso em Barretos", "Gordinha, Mariah vai direto para churrascaria" ou "A diva pediu várias asinhas de frango para comer em sua turnê no Brasil". E o termo diva não alivia em nada. É como se dissessem "ela é uma diva, apesar de gorda". O mesmo que dizer "fulana é inteligente, apesar de ser loira", "Beltrano é honesto, apesar de negro". Confesso que me senti ofendida lendo tudo isso. Não como fã da Mariah (e devo confessar que sou), mas como mulher. Tenho certeza de que se fosse o Elton John gordinho chegando ao Brasil e indo direto para uma churrascaria, nenhum jornal colocaria no título "Barrigudo, Elton John vai comer em churrascaria", como fizeram com a Mariah.

A repórter da Globo Renata Capucci (magra, claro) perdeu o bom senso, a razão e sei lá mais o quê ao escrever no seu Twitter: “O que é a Mariah Carey? Que bucho! Uma baleia, gente! Desculpem as exclamações mas é que tomei um susto! Ela tá enorme. Ainda bem que a voz não engorda. Só penso que estrelas que vivem em função do glamour da carreira, dos holofotes, paparazzi, shows, câmeras, Hollywood, têm que se cuidar.” Claro, além de ser uma profissional competente, cantar bem, dar aqueles agudos, escolher músicas que agradem o público, a Mariah precisa ser magra pro resto da vida!!! É um baita equívoco. Ela vive da música. Quem se preocupa em colar nela a imagem de gostosa é o mundo da publicidade, dos jornais, das revistas. Para o público dela, o tamanho não faz a menor diferença.


A Mariah sempre sofreu com o efeito sanfona. Quem acompanha a sua trajetória, sabe do que estou falando. Ela emagrece-engorda-emagrece. Sempre foi assim. E isso nunca a impediu de ser uma das melhores cantoras da atualidade _eu que canto, aprendi que ela tem o tal do quarto registro, o que a permite dar aqueles agudos espetaculares. Goste ou não das músicas e do estilo dela, é impossível não reconhecer que a voz dela voz é impecável. Mas essas qualidades parecem não ter a menor importância para quem vive de julgar os outros e enquadrar as mulheres em um padrão. Se não for magra, não vai pro trono.

Lembro de uma entrevista que li com a Vera Fischer se mostrando chateada pelo fato de a imprensa pegar no pé dela por conta da aparência. A Vera dizia que toda vez que ela aparece um pouco acima do peso, o povo cai matando. "O Antonio Fagundes está barrigudo, careca, grisalho e faz papel de galã. Eu apareço com celulite, e já sou criticada", desabafou Vera, com toda a razão.

É muito triste isso! Homem pode ficar decadente, que é visto como charmoso. Mulher se engordar tá lascada. Quando eu dava aulas de ginástica em uma academia no Taboão da Serra, cidade na Grande São Paulo, lembro bem de uma mulher gordinha que foi entregar o currículo para dar aulas de natação no local. A menina foi embora e a dona da academia-salão-de-beleza, na época, falou pra mim: "Não dá pra contratar uma professora gorda, né? Se ela não resolveu o problema dela, não vai resolver o das alunas". Acreditam nisso?! Imaginem se todo mundo seguisse a lógica dessa empresária. Teria que contratar cozinheiro vegetariano pra atender cliente vegetariano; médico geriatra teria que ser sempre idoso e por aí vai...

Abaixo a ditadura da magreza!


Irma - tirando o peso que tava me matando

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quando a melhor idade chega

Ontem fiquei o dia inteiro com meu pai e minha mãe entre hospitais e clínicas, acompanhando-os em exames prá lá de complicados. Os dois são separados e, por pura coincidência, daquelas típicas de novelas mexicanas, agendaram exames complexos no mesmo dia e, pásmem, no mesmo horário. A sorte é que a clínica de um, era ao lado do hospital do outro!

Como água e óleo, ambos agiram de formas diferentes. Minha mãe, cuidadosa com a saúde, cumpriu à risca todos os procedimentos. Está com o peso ideal, come comidinhas boas e não exagera em nada. Seu único defeito é ser sedentária demais e um pouco depressiva. Os exames, invasivos, foram realizados com muita ansiedade e um pouco de medo, mas deu tudo certo. Depois, fomos almoçar uma coisinha leve e a deixei em casa. Tudo tranquilo. No mais, falou de estava um pouco tonta e deu risada dela mesmo (coisas de anestesia...).

Meu pai, o oposto: nervoso, com obesidade mórbida, pressão alta e tudo mais, já era conhecido da "casa" e foi internado pela manhã. Quando voltei ao hospital, à tarde, soube que tudo tinha dado certo. Mas a anestesia demorou a passar e ele teve que esperar um pouco mais. Ele saiu do vestiário reclamando que "tinha dado um problema"... De lá, quis ir a um rodízio!!! Claro que ficou na saladinha, mas o desespero dele pela comida me acendeu um alerta enorme.

Aos 40 anos, bem acima do peso, totalmente sedentária, com um trabalho difícil e penoso, além de extremamente ansiosa, fiquei pensando: o que vai acontecer comigo quando eu estiver na melhor idade? Não tenho filhos nem sei se vou tê-los. Também não acredito na obrigatóridade dos filhos cuidarem dos pais - é só visitar uma casa de idosos que comprovamos isso!

A vida parece longa e a velhice distante. E quando percebemos já entramos na curva descendente em velocidade dobrada e a gravidade vira nossa fiel companheira! Nunca percebemos isso. É de uma hora para outra! E assustador.

Mas também não acredito nessa geração saúde, que se mata para ser lindinha e tudo mais, com direito a plásticas e silicones de diversos tipos e tamanhos. A medida, acredito eu, é fazer uma "previdência privada da saúde": depósitos diários e obrigatórios de ações de bem-estar, como fazer exercícios, comer balanceadamente, dormir bem e, principalmente, dar muita risada de tudo. Buscar a simplicidade e o controle da ansiedade. E amar muito.

Mais do mesmo, não é? Mas quem faz isso mesmo?

Quem já trocou um emprego péssimo que paga bem, por outro legal, mas que o salário é uma meleca? Eu conheço uma pessoa apenas... E morro de vontade fazer isso... Mas e o medo de dar tudo muito errado? E suas responsabilidades? E seu futuro?

E lá vem a velhice de novo... Eita roda viva!

Eu estou patinando atrás do prejuízo. Sei o que não quero e tenho exemplos na minha frente que demonstram algumas das minhas opções. Já estou atrasada, mas ainda acredito que tenho tempo. E vocês?

Um cheiro, Zoe.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

De salto alto!


Hoje de manhã eu estava subindo a Teodoro Sampaio, rua em que moro, voltando da academia e observei uma mulher que descia em todo o seu glamour feminino e pensei logo, TENHO QUE ESCREVER SOBRE ISSO!  Ela estava bem vestida sem ostentação, calça e blusa com um blazer, uma bolsa e uma sacola num braço e uma mochila, provavelmente carregando o computador nas costas. Com o cabelo comprido, liso e solto, maquiagem leve, olhou para o relógio no braço que estava livre.  E quando olho em seus pés: sapatos de salto, descendo a Teodoro com classe. E pensei, "Nossa, as mulheres são ótimas mesmo!". Pra mim naquele momento ela me passou a imagem da mulher atual que luta e trabalha e vai vencendo os obstáculos e carregando suas coisas mas que conserva o extremo feminino nos seus saltos altos.

Eu praticamente não uso salto, mas gosto, acho bonito e admiro que usa.  Sou muito alta e grande, quando uso salto, sinto que fico mais alta que todo mundo, o que chega a ser divertido às vezes, mas como também vou muito de um lugar para outro e trabalho muito em pé e ando muito, é impraticável pra mim. Mas conheço muitas mulheres que o fazem praticamente todos os dias.  Sempre comento com elas, pois como quase todas nós, adoro sapatos.  Olho mesmo e reparo e sempre elogio quando acho bonito. Na maioria elas dizem que os usam diariamente porque são baixas e que eu só não uso porque não sou!  Pode ser que estejam certas, contudo...elas ficam mesmo poderosas do alto de seus saltos!

Acho que talvez por isso é que tenhamos essa fixação por sapatos.  Somos relamente MUITO melhores que os homens nisso.....hahahahaha.... Temos um controle incrível sobre o nosso andar!  E desafiamos a gravidade com saltos altíssimos em ruas esburacadas e insensíveis ao desafio que nos propomos das alturas de nossos saltos. É o controle, o controle do andar. Além do rebolado e sensação de poder.

Estava pesquisando no google e descobri que tem até uma corrida de salto alto!!! Bom aí já acho que partiu pra fase de tortura e tô fora...hahahaha...

Mas não foi só o salto em sí que me passou a necessidade de falar sobre esta mulher moderna que se segura no salto e é ela mesma e faz suas escolhas e briga de igual pra igual, é a delicadeza da feminilidade que não fez dela frágil ou vítima.  Foi isso o que mais gostei!  É quando seguramos o rojão e não perdemos a feminilidade.  Adoro isso.

E claro tem também as coisas inusitadas, uma das minhas tias, a mais velha que hoje já conta com seus 89 anos uma vez arrancou os sapatos e tacou na cabeça do marido dela (que era careca gente!!!hahaha...) pois ele a estava traindo e ela só sacou quando percebeu que ele deu uns tamanquinhos pra amante (eles tinham um armazém!), foi um sapato pelo outro!!!! Quando ela conta essa história hoje em dia nós quase rolamos de rir na cozinha, mas eu imagino como ela ficou magoada na época. Enfim os sapatos podem ser a glória ou a arma de uma mulher decidida.

Que o diga dona Zoe que sábado passado ARRASOU com seu scarpin ROSA CHICLETE.... gente vocês não tem noção de como ela estava fashion!!!!

Enfim deixe-nos calçar nossos saltos e experimentar com a vida, sempre vale a pena!

beijocas,

Mari.

domingo, 22 de agosto de 2010

Muito humor para saber viver


Ela é dessas cariocas escandalosas, que espalham riso e alegria por onde passam. Mas isso, pra uma carioca, é quase redundância. Essa querida, que não vejo há séculos, faz piada com tudo, até da própria sorte. E na vida amorosa não poderia ser diferente. Eu morri de rir com duas histórias dela, que agora compartilho com vocês.


Certa vez, ao sair de um restaurante chiquérrimo nos Jardins, ela entrou no carro e se deparou no trânsito com um homem lindo dirigindo um carrão importado. Os dois trocaram olhares e ele rapidamente lhe pediu o telefone. No dia seguinte, ligou e os dois combinaram de sair. Ela ficou muito empolgada. Além de lindo, parecia ser um partidão. Contou ansiosa para as amigas sobre o paquera.

No dia do encontro, veio a surpresa. O cara apareceu de ônibus e ela, então, soube que ele era manobrista. Nno dia em que eles se conheceram nos Jardins, ele dirigia o carro de outra pessoa, de um cliente. O que ela fez? Não teve dúvida, levou ele para comer no MC Donald's, se divertiu, riu e terminou a noite com uma boa história pra contar.

Mas a melhor história, pra mim, é quando ela se interessou por um rapaz da empresa onde trabalhava. Por meses, foram insinuações em almoços, papos diretos, convites para sair. E nada. O gajo até se mostrava interessado, era livre e desimpedido, mas mesmo assim não tomava a iniciativa nunca. Os amigos dele a alertaram: ele é lerdo mesmo. Está afim de você, mas não sabe como corresponder.

Ela não teve dúvida. Usou o senso de humor _ e que humor!_ para tirar um sarro legal do lerdão. Comprou um jabuti _ sim, isso mesmo que vocês estão lendo, ela comprou uma tartaruga de verdade_ colocou o bichinho dentro de um aquário e mandou entregar para ele na empresa. Nem preciso dizer que a gargalhada foi geral. Quem a conheceu nessa época não esquece da cena do mala com cara de pastel e com o mico, ou melhor, com a tartaruga na mão.

O que ele fez com o bichinho, só Deus sabe. Mas o fato é que ele, finalmente, saiu com ela. O caso deles durou pouco. Mas a história está mais viva do que nunca e continua circulando por aí. E essa adorável pequena continua a fazer o povo rir com suas loucuras. Afinal, tem coisa melhor do que viver tudo intensamente sem perder o humor? Um brinde a quem sabe viver!

Irma


ps. Mari, esse post é pra vc que sabe viver e que adora tartarugas!

Nem todas nós transpiramos pelas mesmas coisas

Para mim, um dos piores anúncios de todos os tempos é o do desodorante Rexona. O mote é "Todas transpiramos pelas mesmas coisas. Faça o que fizer, Rexona não te abandona."

Versão impressa da campanha
Vocês já viram? Não? Então assistam aqui e vamos em frente!

Eu acho horrível. Acho superficial demais até para uma propaganda.

Retrata uma bonequinha se arrumando para receber o príncipe. Uma ideia, para mim, ultra-ultrapassada. E quando ela destroi a casa por causa de um brinco, é tão fútil, idiota, que me deixa possessa (tanto que resolvi dividir com vocês, né?).

Fora a super-força feminina e o look da atriz, que não sai do lugar. Ela é a fofa perfeita: magra, bonita, bem arrumada etc e tal. E aí, pira por causa de um detalhe. Aff...

Pelamor, né, Rexona! E mais: de novo bate na ideia da mulher se preparando somente para encontrar o cara perfeito.

Tudo bem, é a tal licença poética da publicidade, mas pôxa, num podia ser mais interessante e menos besta? Reforça muitos pontos que brigamos há tempos para mudar!

Fui atrás para entender em cima do que foi criada a campanha e encontrei uma apresentação da marca Rexona. Achei muito engraçado. Eles desenvolveram um mapa de tendências, além de uma pesquisa, que "relata como as mulheres querem viver intensamente as emoções e como isso é para elas uma poderosa ferramenta nas conquistas do dia-a-dia, nos rompimentos de barreiras e nas superações."

E mais. Sobre a força emocional feminina: "Um novo paradigma referente às emoções questiona a analogia entre o emotivo e o débil ou o irracional, inaugurando assim uma nova era que contesta o arquétipo romântico da mulher como ser frágil e instável e evidenciando que a emotividade feminina, longe de ser fator de vulnerabilidade, é fonte de força."

Nada muito novo, mas bem legal. E como sai um "reclame" desses??!!! Afinal, "atrever-se a sentir tem então um poder transformador e criador que permite às mulheres tomar as rédeas de sua própria vida."

Heim? Reclaaaaame...

Já não basta as propagandas de sabão em pó, protetor solar e daqueles sprays contra mosquitos que mostram sempre a mãezona, protetora do lar, com a solução perfeita para o bem estar da família?!

Por que nunca aparece um homem que cuida da casa ou sei lá o quê? Afinal, eles se viram bem hoje em dia, não?! Vão mais ao supermercado, fazem compras para casa. Alguns até cuidam dos filhos sozinhos! Ou pelo menos mostrem a mulher de verdade! (Talvez não seja vendável né?)

Isso sem contar a família-margarina. Já perceberam? Até o cachorro parece sorrir!!! Muito bom! Mas, infelizmente, reforça a família perfeita e tradicional que, como vocês sabem, já não é a única versão por aqui...

E depois ninguém entende porque temos uma grande tendência em repetir padrões de forma cíclica sem nem perceber... E aí entramos em crise quando estamos sozinhas ou mal acompanhadas... né?

Afinal, nem todas nós transpiramos pelas mesmas coisas!!!

Um cheiro, Zoe.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

P.A., o tal do pau amigo!!!



Hahahaha....bom, já vou começar escrachando, né???  Faz tempo que estou pra escrever este post.  Já conversamos entre nós e ficou para minha incumbência tamanha honra....  Eu sou totalmente a favor, desde que não machuque ninguém.  Às vezes tudo que se quer é um bom e divertido sexo, e tem aquele alguém que te proporciona exatamente isso sem questionamentos ou interesses.  Satisfação garantida e com direito a muitas idas e voltas a motéis bem interessantes ou lugares inusitados.

Há um episódio do "Sex and the City" em que nossa amiga Carrie, carente, resolve fazer de seu PA (fuck budy) um namorado....e dá tudo errado.  Então, quando ela tenta construir um relacionamento estável e sério com seu amigo de cama, na realidade, percebe que fora dela os dois não tinham mesmo muito em comum.  Obviamente os dois eram solteiros, livres e desimpedidos e agindo assim não estavam traindo ou magoando ninguém. Nós vimos que traição não é um tema fácil de ser encarado, abordado, opinado!

Na vida real isso acontece assim e de outras maneiras também.  Há pessoas comprometidas, seja de que maneira for, que têm seu PA. E nas questões do PA, traições também ocorrem!  E até aí cada um é dono da sua história e deve resolver onde põe seus amigos hahahaha.  Uma questão curiosa pra mim, contudo, vai além do PA. Estávamos no aniver de minha querida amiga Tuca, aliás um almoço maravilhoso, pra poucos e seletos, que foi de arrasar, e um amigo comum começou a nos questionar, as mulheres, sobre o uso e abuso do PA. Esse meu amigo estava indignadíssimo quando ouviu o termo pela primeira vez, e não se conformava de algumas mulheres reduzirem um homem, ou o sexo com ele, a um pau.  Eu meio que entrei na defesa e falei que os homens transformavam as mulheres em objetos há milênios e nem por isso estamos por aí andando ofendidas, veja-se toda a indústria pornográfica e exploração do sexo feminino.

Ele disse que eu estava confundindo as coisas, que eles não saem por aí falando com outros homens sobre suas "bucetas amigas" (estou usando os termos específicos de nossa conversa e somos mesmo desbocados!). Eu respondi: "Não, realmente, vocês falam gostosa, ou que comeram! Tipo, comi aquela, ou comi a mãe e a filha e a irmã e a amiga...."  E a coisa esquentou mesmo. Na verdade eu nunca tinha pensado no que os homens pensariam sobre isso!

Ele me disse que homens da idade dele não pensavam assim e tinham mesmo muita admiração pelas mulheres e que sexo casual não precisa ser tratado assim reduzindo o homem a um pau.  Achei engraçada a colocação pois ele já está na casa dos 50, e na minha opinião não tem idade certa pra machismo, vai muito de experiência, vida familiar e social e educação.  Mas muitos homens da idade dele fizeram a vida de muitas mulheres difíceis até quando tentavam ser liberais, pois perderam a gentiliza!

Agora num país que muitas vezes reduz a mulher à própria quitanda.... haja visto, mulher melancia, melão, e sei lá o que mais... é meio engraçado ele se ofender e aqui estou eu lembrando da Mônica de novo e seu ditado sobre o direcionamento do pau!!!! (Caso vc não tenha entendido leia o post "Por que as pessoas traem?").

Enfim, acredito na validade do PA. Afinal, sexo casual, pra nós mulheres, é um pouco complicado e ter um amigo "fornecedor" pode ser, além de interessante,  muito prazerozo!

Deixo aberta então a questão pra todos, o que acham vocês do PA???

Quero colocar entretanto que diferencio o sexo fornecido pelo PA, do sexo advindo do Amor, este em minha opinião, além de muito bem vindo, essencial e maravilhoso!

beijocas,

Mari

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Lá vem a noiva....de vermelho





Ela colocou o vestido vermelho, longo, e se olhou no espelho. O cabelo estava preso num coque, que a deixa ainda mais exuberante. Retocou o batom vermelho, que ela nunca abre mão. Se sentiu linda como há muito tempo não se sentia. A dor estava cicatrizando. Seu marido havia saído de casa há exatos sete meses, depois de longos 14 anos de relacionamento. Uma amiga passou para pegá-la. O ano era 2008. O dia 22 do mês de novembro.

Exuberante em seu vestido de "red carpet", ela foi ao casamento da amiga e chefe. Lá, sentou, conversou, até bebeu prosecco, coisa que raramente faz. E dançou, dançou muito. Até que começou a olhar o rapaz do escritório, que ela já havia identificado como um gato, mas sem dar muita atenção a isso. Olhar vai, olhar vem, os dois  dançaram ao som de Michael, Madonna e outros hits na pista pequena do Bar Des Arts, no Itaim. A química bateu e os dois deram o primeiro beijo nos jardins daquela noite de primavera. A chuva tinha ido embora. A paixão começava a chegar. Tudo foi tão forte que ela até arrancou o pircing dele! Voltou à mesa sem o batom vermelho, me olhou e eu, que era a noiva, logo saquei o que tinha acontecido. E, de pronto, aprovei.

Ele, que também é muito meu amigo, veio especialmente para o casamento. Estava em férias, em Santa Catarina, e pegou o ônibus para me prestigiar. Causou muito na pista com sua gravata vermelha e seu jeito de moleque que está sempre com álcool por perto para incendiar qualquer lugar por onde passa.

Ela saiu de lá sem pegar o buquet. Quem precisa disso? A sorte grande estava lançada. Os dois engataram o namoro. Enfrentaram preconceitos: ela era chefe dele e os dois tiveram que contornar o ciúme das pessoas no escritório, a cobrança, e a presença constante da ex dele por perto. Nada disso abalou o amor deles, que foi crescendo, crescendo.

Ontem, a reencontrei. Não trabalhamos mais juntas, mas nos falamos sempre. Ela continua com seu batom vermelho, linda. E feliz, muito feliz com seu gato. A novidade, que me deixou radiante, é que eles vão se casar. A data está marcada. A causação, como ela diz, será grande. Além de ser madrinha (não aceito menos que isso), quero pegar o buquet (ou a perereca que ela quer jogar, embora, eu acho que a perereca deveria ficar só pro gatão dela, mas....), e vou cantar. Sim, a belíssima me pediu para soltar a voz pros convidados. A música ela vai escolher. Mas imagino que será algo bem romântico como "quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar"....Aos preparativos. O amor, realmente, tudo pode!

Irma

O acaso e a traição

Pegando carona no texto da Mari, gostaria de compartilhar com vocês o acontecido com uma amiga muito querida e próxima chamada Marina.

Marina é uma garota linda, super inteligente, de quase 30 anos, profissionalmente bem encaminhada. Veio do interior há um bom tempo, mora sozinha em um apê bem legal, tem suas coisas e um namorado há quase 8 anos. Ou melhor: tinha.

No domingo, Marina me mandou uma mensagem esquisita: "O que você está fazendo?" Achei muito estranho porque geralmente ela é mais direta nos convites e comentários. Liguei imediatamente e levei um susto: o namoradão tinha "aprontado" e ela queria conversar. E claro que nos encontramos imediatamente e ela me contou o causo.

Zé Henrique, que todos reconhecem ser um bom moço, tem o hábito de se encontrar com os amigos para jogar futebol todas as quintas. Dessa vez, depois da partida, eles beberam muito e acabaram tendo aulas de embaixadinha com professoras experientes, se é que me entendem.

A querida Marina descobriu por acaso ao achar um daqueles recibos azulzinhos de cartão no chão e, ao recolher, notou alguma coisa de estranho no estabelecimento (quem já foi a um motel sabe do que estou falando...). Enfim, explicações dadas, resposta e posicionamento imediatos: "devolva a chave de casa, pegue as suas coisas e saia. O que você deixar aqui vai para o lixo." Sem choro nem vela, sem enrolação ou hesitação.

Ou ele é muito azarado ou não foi a primeira aula...

Nesse grande bate-papo que tivemos, surgiram algumas questões bem interessantes. Ela se sentiu extremamente desrespeitada. Afinal, já tinham tido outros problemas, como a indefinição da carreira dele, algumas besteiras de grana e coisinhas bobas, mas que atrapalham a relação para caramba. Passaram por tudo. Brigaram, resolveram e tudo continuou bem.

Dessa vez, quando finalmente estavam pensando em casamento de verdade, isso aconteceu. E a resposta do infeliz foi tão simples - "de bobeira.. não significou nada... estávamos bêbados...", o que acabou deixando-a mais triste ainda. "Poxa, ele me desrespeitou muito! Podia esperar tudo do Zé, menos isso!"

Ela ficou em dúvida sobre perdoar ou não uma traição como essa. Eu contei os meus causos (já tive vários chapeus especiais, sabem? Daqueles com chifre? Então...) e falei das fases que passei: raiva extrema, chororô total, pena de mim mesma, indiferença, vontade de voltar atrás (e algumas vezes voltei) e volta à vida! Nenhuma delas foi fácil e em todas as fases tive o apoio total de algumas poucas e bem próximas amigas (nesses casos, é tudo o que eu quero: amigas com saco artificial de lycra!).

Ela ficou perdida, afinal faziam tudo juntos. E agora? Os amigos, as viagens, as questões da casa, do carro? As coisas "de homem" para as quais ela sempre teve apoio? Se sentiu insegura, na verdade. Achei tranquilo, afinal 8 anos juntos!

A outra surpresa foi ontem, ao encontrar um amigão meu e contar o acontecido para ele (queria entender o lado homem da história...), a resposta foi tão simples que fiquei chocada. "É assim mesmo, Zoe."

Simples assim. E ele namooooraaaaa... e faz a mesma coisa com a namorada dele... Na boa, fiquei chocada... e entendi, agora de verdade, as minhas próprias palavras para a Marina, dias antes: para a maioria dos homens lavou tá novo. É pura diversão e fim.

E para algumas mulheres também, não é? Sei lá. Cada dia que passa tenho a mais absoluta certeza de que sou sui generis nesse mundo louco: moderna por aceitar todas as formas de amor e doideiras possíveis, entre outras coisas; careta por ainda querer ter alguém mesmo perto de mim.

Hoje Marina já está melhor, doi tudo, mas está firme, tentando se encontrar dentro das fases dela, com as questões e dúvidas e tudo mais que só pertencem a ela. Eu acompanho de longe, mas não tão longe caso ela precise, né? E vamos em frente!

Fecho com um elogio explícito ao amigão Marcelo Amadeu, um bom homem de verdade, que adora (no sentido literal mesmo) a futura mulher dele e não trai. Legal, né? Esperança existe, afinal!

Um cheiro, Zoe

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Por que as pessoas traem?!?!


Estive pensando bastante no que leva uma pessoa a trair, e basicamente não cheguei a conclusão nenhuma!
Ontem checando o blog 3x30 havia a história da leitora Bia, que apesar de estar num excelente relacionamento, pelo que conta, está muito envolvida por uma paixão desenfreada com outro homem e está face a face com o dilema: "Trair ou não trair???  Eis a questão!!!!"  À noite, quando eu estava lendo o blog das meninas já havia 30 comentários!!!!  Todo mundo tem uma opinião a dar, e achei isso tudo muito curioso.

É incrível como nos vemos tentados a julgar e opinar as questões alheias e nos perdemos muito nas nossas. Acho que é o próprio papel do terapeuta, quando estamos fora da questão, às vezes, conseguimos vê-la com mais clareza.  O que não é necessariamente verdade, mas faz sentido!  Quando o dilema é nosso... muitas vezes nos perdemos e realmente ficamos sem saber o que fazer, onde cair, que curso tomar, se casamos ou compramos a tal da bicicleta.  Tem uma amiga que eu adoro, Mônica, que tem um ditado fantástico, e vocês, por favor,  perdoem o baixo calão, mas é tão real que não resisto!!!!  Ela diz "- Mari, quando o pau muda de cu, tudo muda de figura...." hahahahahaha.... gente não é mesmo um ótimo ditado e a mais pura verdade?

Todo mundo tem uma opinião a dar pra Bia, o que é legal, ela escreveu pro blog pedindo ajuda, palpites e opiniões.  Mas a gente só entende mesmo uma questão, quando ela está intimamente ligada à nossa vida.
Meu grande amigo Amadeu me disse uma vez e nunca mais esqueci: "Nunca julgue!  Você nunca vai conseguir chegar perto de onde a pessoa que está vivendo aquela situação se encontra, se ela pedir ajuda e você puder dar, dê. Mas nunca julgue!".  E gente, como é difícil tudo isso. Ouvir, não julgar, não se comparar, não achar que você resolveria tudo perfeitamente.  A gente se esquece completamente que nessas situações alheias o nosso emocional está DESLIGADO, nós não temos nenhum envolvimento pessoal real nas questões, por isso achamos tão simples resolvê-las.

Tenho outros amigos que estão passando por situações difíceis em seus trabalhos, com seus familiares, com grana, com seus relacionamentos, etc.  E, ingenuamente, às vezes, me pego a achar que saberia resolver os tais delemas, contudo, nessa situações, lembro com clareza de um outro grande amigo, Ofal (acreditem o nome dele é este mesmo!!!!), que me disse uma vez já há muitos anos: " Nada mais fácil que resolver os problemas alheios, resolvo todos e qualquer um e tenho sempre soluções inteligentes e sensatas, o problema começa quando ele é MEU!".

Quando a questão é traição, então, complica muito.  A sensação de ser traído é completamente diferente da de trair... aí entra bem o ditado da Mônica!!!! hahahaha....  Ainda tem o detalhe que, antigamente, traição era quase que exclusivamente um papel masculino e a mulher sempre entrava como vítima na história, pelo menos estatisticamente falando, agora tudo mudou... as oportunidades de se trair e de ser traído estão aí, pra todo mundo! 

Ao ler os comentários dos outros leitores, contudo, não pude deixar de observar um certo preconceito por Bia ser uma mulher, que mesmo tendo um marido muito legal, que ela ama muito, está doida de vontade de dar uma puladinha pro outro lado da cerca!  Muita gente escreveu que é assim mesmo, "Que tem mulher que não sabe dar valor no homem que tem", e outros julgamentos bem machistas.... Well, meu alerta de PERIGO!!!! já acendeu né gente? Vocês que me conhecem melhor já sabem.... A questão não é ela ser mulher e o marido ser um homem bacana.  A questão é essa vontade louca da mulher selvagem, ou  do homem selvagem, que às vezes invade e inunda a alma da gente.  Isso não tem absolutamente nada a ver com o marido.  O que muita gente não entende é que às vezes a traição de um homem também não tem nada a ver com a sua mulher.  É uma questão muito interna e muito pessoal e às vezes pinta, e acredito ser muito difícil pra quem tá vivendo.... por isso o mundo é cheio de segredos e lugares escondidos na mente das pessoas ...ah... e claro... motéis!!!!!



E então alguém por aí pode me dar uma luz?  Por que as pessoas traem?

beijocas,

Mari.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Falta de educação no trabalho


Eu não sei vocês, mas algumas pequenas coisas me irritam pro-fun-da-men-te no trabalho. E quase tudo se resume à falta de educação das pessoas. Eu trabalho em um local onde não há paredes, bem ao estilo dos escritórios americanos. Baias são as únicas divisões entre as pessoas. Divido, portanto, a mesma mesa com um colega de trabalho.

E me sinto muito incomodada com a total falta de privacidade. Diariamente tenho a sensação de que tudo o que escrevo no e-mail está sendo lido pela pessoa ao meu lado. Às vezes, tenho vontade de escrever em caixa alta na mensagem do e-mail: HEI, EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ LENDO O QUE ESTOU ESCREVENDO AQUI. CUIDE DE SUA VIDA, HAHAHA!

Outra total falta de respeito é quando estou falando ao telefone e a pessoa, mesmo me vendo com o aparelho grudado ao meu ouvido, começa a falar comigo. Meu Deus, será que não dá pra esperar alguns minutinhos? Essa gente deve ter sido educada nos melhores colégios do Pari (o bairro, não a cidade-luz). Gente, se eu ofendi alguém que mora no Pari, mil desculpas, eu nasci no bairro do Butantã, e como boa cobra que sou não poderia perder o veneno.

E não é só, quer coisa pior do que gente que senta ao teu redor falando alto, gritando quase, quando você está ao telefone? Já tive que pedir desculpas para a pessoa do outro lado da linha, desligar e ligar do meu celular em um lugar mais calmo. Parece até que trabalho na casa das caldeiras, tamanho o barulho. Outra coisa que é comum aqui, sério, é a pessoa ouvir o telefone do colega tocar e se fazer de besta. Será que é tão complicado assim puxar o ramal e fazer a gentileza de anotar o recado? Ui...

Ah, e ainda tem o povo que não leu o manual básico de convivência em sociedade e se esquece de palavrinhas mágicas como "por favor", "obrigada", "você pode me emprestar", "bom dia", "até amanhã". Sem contar naqueles que chutam o pau da barraca e comem uma barra de cereal ou um bombom que você deixou DENTRO da gaveta. Sim, isso já aconteceu aqui. E mais de uma vez.


Eu não sei vocês, mas tem horas que preciso dar uma pausa no trabalho, ficar alguns minutos em paz para recarregar as baterias. Nessas horas, eu simplesmente quero ficar em silêncio. Como isso é impossível no meu trabalho, eu coloco o fone de ouvido e ouço uma musiquinha direto do You Tube (faço isso sem atrapalhar o serviço, evidentemente). E não é que o povo com distúrbio de atenção começa a falar da vida, do cachorro, da mulher, do marido, bem nessa hora? Eu penso: não é possível, estão me provocando. Respiro fundo e tiro apenas UM fone de ouvido pra deixar claro que não estou mesmo a fim de conversa. Pode parecer antipático, mas gente eu preciso mesmo de alguns minutinhos em paz. É só isso.

Outra coisa que me tira do sério é quando estou falando com meu chefe, principalmente, e vem um ser do nada e me interrompe, como se eu estivesse usando uma roupa invisível. Eu, que sou despachada, falo logo: "Hei, não sou filha de vidraceiro, não. Tá me vendo, espera eu terminar de falar!" E geralmente é uma mulher desesperada que vem falando com voz de fada (sabe aquela vozinha bem fininha de quem vai usar o encanto pra conseguir algo?). Argh!

E pra fechar com chave de ouro o momento "sou mal-educado e daí?": queria entender o que leva uma pessoa que está vendo você desligar o computador e pegar sua bolsa para ir embora  começar a discutir com você alguma pendência, ou mesmo uma coisa da vida dela, que bem poderia ser discutida no dia seguinte! Dá vontade de dizer: Hello, estou indo, já disse tchau, deu minha hora, hoje só amanhã.

Bom, gente, esse foi um desabafo. Quem sabe o povo que trabalha comigo lê esse post e resolve ser um pouquinho, pouquinho mesmo, mais educado. Eu ficaria muito, muito mesmo, feliz.

Irma

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O que aconteceu com o tempo?!



Não sei quanto a vocês, mas ultimamente tenho a mais nítida impressão de que sempre estou devendo coisas.   Nunca tenho tempo suficiente pra fazer tudo que gostaria e preciso....   estou sempre no vermelho!
Mas o que foi que aconteceu?  Lembro que quando eu era criança, demorava muito pra chegar o Natal e o meu aniversário.... e geralmente como essas eram as ocasiões em que eu ganhava presentes, às vezes mudava duas ou três vezes o que queria ganhar.   Ficávamos o ano inteiro, eu e meus irmãos discutindo o que seria nosso presente de Natal, e como demorava......

Agora tenho a sensação de que mal dá tempo de arrotar o peru, e já chegou o Natal  novamente.  E nem vamos começar a falar de aniversário.... depois que passei dos 30, só Deus sabe o que está acontecendo com o tempo.  Pra eu tirar minha carteira de motorista tive que esperar pra caramba meus 18 anos..... e agora nem bem renovo num ano e já é tempo de renovar de novo! 

E o mais engraçado é que até as crianças já estão sentindo a correria das coisas.  O que é meio chato!  Uma das coisas legais da infância era a expectativa, ficar esperando o dia chegar.  Até as coitadinhas de tanto nos ouvirem falar "como o tempo voa!"  já estão repetindo e até mesmo sentindo, pois as crianças hoje em dia são mesmo muito ocupadas.  Além da escola, elas tem inglês, computação, ginástica (acredite se quiser....), karatê, violão, natação, etc... Como não têm mais muitos irmãos, também não brigam muito e então precisam ter muitas obrigações para se ocuparem....

Ouvi de um amigo querido que o lance é você não se deixar vencer e propositlamente fazer tudo DEVAGAR.... M U I T O   D E V A G A R .....  Gente como é difícil.... É o slow moviment... não se deixar vencer pela correria.

Há também casais que só dão uma rapidinha.... ou que praticamente têm um script infalível a seguir!!!
Que tristeza! Nada mais é surpreendente na relação e no sexo, todo mundo goza,  mas é sempre igual e nunca tem inovação, pois é, certeza de satisfação e sem seu dinheiro de volta.  Bom gente isso tá mais pra vibrador que pra amor!!!!

Sou da opinião que devagar se chega lá....e sempre....olhe só a cara de felicidade que as tartarugas têm!  Se vocês alguma vez já foram no Zoológico de Sampa já devem ter visto como elas transam loucamente.. hahahaha.... eu e minha cunhada quase morremos de rir uma vez que fomos levar minhas sobrinhas lá.

Anyway.... voltando ao assunto, não se deixem vencer pela correria e muitas vezes, tantas quanto puderem façam as coisas bem devagar, sexo, refeições, tomar banho, escovar os dentes, falar, beijar, sintam as coisas profundamente.  Nunca poderemos dizer então que tudo passou rápido demais....

Beijocas,

Mari.

domingo, 15 de agosto de 2010

Ensina-me a viver

  

Um rapaz de 19 anos se apaixona por uma idosa de 80 anos. Ela lhe ensina a viver e a desfrutar das pequenas coisas da vida. Ele passa a olhar os detalhes. E a inventar novidades diariamente. Então, ele, que detestava viver, declara o seu amor a ela, dando um anel de compromisso.

_ Ai, que lindo! Esse é o presente mais lindo que ganhei na vida!, diz a senhora, emocionada.

Os dois estão de frente para o mar, sozinhos. Ele diz pela primeira vez na vida: Eu te Amo. E ela, que acaba de colocar o anel no dedo anelar, responde: Eu te Amo também.

Subitamente, ela tira o anel dos dedos e atira no mar. Assustado, sem entender nada, ele grita:

_ O que você está fazendo?

_ Agora eu sempre vou me lembrar onde ele estará. O anel. No mar....

O trecho é da peça "Ensina-me a Viver", que está em cartaz aqui em São Paulo, no teatro Tuca, com a fabulosa Gloria Menezes, no papel dessa senhora. Achei a mensagem maravilhosa. As melhores coisas da vida, a gente guarda na memória. É melhor viver os momentos, do que ter as coisas.

Ao jogar o anel no mar, ela demonstra desprendimento das coisas. E diz várias vezes que ninguém é de ninguém, e que objetos vão e vem. Lindo! Eu que carrego objetos que me lembram de pessoas, fiquei pensando se teria coragem de jogá-los ao mar, um dia. Se teria a sabedoria de entender que os momentos, a felicidade ficam na alma e não no corpo. Ainda não tenho. Mas até os 80 anos, eu chego lá.

ps. Pra quem não sabe o que fazer neste domingo, aí vai a dica do teatro. A temporada é popular, R$ 30 o ingresso. Ver a Gloria no palco não tem preço. E a peça é uma celebração à vida, ao amor. Vale a pena. Eu e minha mãe amamos.

Irma

sábado, 14 de agosto de 2010

Alguns amigos...


Amigos, aquelas pessoas que escolhemos pra entrarem dentro de nossa vida, são mesmo algo que necessitamos, e que vêm com certeza, em diferentes embalagens, pacotes e detalhes.  Podem ser homens ou mulheres e todos têm sua função específica e distinta.  Precisamos de todos.

Pessoas sem amigos são muito tristes.  Pessoas que depois de se casarem não têm mais amigos e delegam este papel tão importante e primordial única e exclusivamente ao parceiro(a), perdem e perdem muito!

Precisamos dos amigos pra rir e chorar, reclamar e simplesmente contar coisas, relatar episódios específicos, falar mal de outras pessoas chatas e babacas, olhar com entendimento esclarecedor, engraçado, ridículo, sacana!

Eles seguram, entendem, acompanham, esbravejam, alimentam, preocupam-se, gostam, odeiam, aliam-se, pensam, encontram, detalham, descobrem, encobrem, dividem, fazem, acontecem, amam. E dividem isto conosco e sabemos que aceitaram nossos presentes.

Pra mim, estas pessoas são PRIMORDIAIS.   Vocês sabem quem são!

Sabe aquela citação que fiz outro dia que "Tudo na vida é mesmo passageiro, menos o motorista e o cobrador"?, estava dizendo a um querido e grande amigo e ele na hora retrucou: "Sim, sendo que, Deus é o motorista e a morte o cobrador!!!"

Quase caí pra trás.....  Amigo é assim.... te surpreende!

Beijocas, e have a wonderful weekend!!!!!

Mari.



(dedicado especialmente pra Irma, Zoe, Pi, Amadeu, Fábio, Cláudio, dentre tantos amigos tão legais!)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Engordar no inverno!!!! Ou simplesmente engordar...seja lá de que jeito for!


Gente, eu estava procurando umas fotos legais e quando vi esta não aguentei e resolvi que teria que escrever sobre isso!  Achei muito engraçada mesmo, e muito interessante. Só podia ser gata!!!!  E pra quem ainda não sabe inglês, " Oh Deus - se você não pode me fazer magra, faça minhas amigas gordas!!!!"  Usei o feminino, poque apesar do inglês não especificar gênero, é super feminina esta questão, e aflige mais a nós mesmas, apesar de os homens estarem se ligando que tb têm que cuidar do cadaver.....

Como afeta a mulher e sua auto imagem a questão do peso!
Alguns dias atrás no programa da Oprah, ela estava falando sobre as mulheres e a questão da aparência. Foi muito interessante abservar alguns dados.  Por exemplo, o Brasil é o país onde se consomem o maior número de pílulas para emagrecer no mundo!!!!   No Irã é onde mais se faz plástica no nariz.  E existe um país na África chamado Mauritânia, onde o padrão de beleza feminino é que a mulher tem que ser gorda.  Então as mães obrigam suas filhas a comerem muito.... e se a mulher é divorciada, com estrias, etc...vai ficando mais e mais atraente.   Eu, a Oprah e todas as mulheres da audiência quase morremos de rir!!!! E de vontade de dar uma fugidinha pra Mauritânia quem sabe???

É muito interessante observar como a cultura pode moldar a imagem de um povo, contudo com a globalização e a universalização do mundo e devido também à velocidade com que compartilhamos notícias e cultura, estamos nos misturando mais e as raízes de uns, influenciando as raízes de outros.

Contudo devo confessar que não estou muito otimista quanto à cultura da Mauritânia se espalhar pelo mundo, e uma das coisas mais curiosas é que, de fato, como relatou uma de suas moradoras, a cultura da imagem chega a ser tão repressora quanto a nossa só que do outro lado.  Ao invés da espectativa de serem longilíneas e sequinhas, é esperado das mulheres que sejam cúrveas e fofinhas, com muito lugar pra se pegar!  Muita bochecha e gordurinhas e pneuzinhos ..... quer dizer a torutra é a mesma só que inversa!

Como estamos no inverno e geralmente é mais fácil ganhar uns quilinhos nesta época do ano, ficamos todas muito apreensivas quanto a isso.... eu ainda devo emagrecer....por causa da artrose....bom estou tentando!
Vou dentro do meu ritmo, mas chegarei lá..... ficar menos "Mauritâniada" (hahahaha...) vai me ajudar neste momento.

Achei super curioso tudo isso.... e como tenho meu tamanho avantajado fiquei morrendo de vontade de dar uma voltinha lá pela Mauritânia.... mais pra saber como é ser o protótipo da beleza, hahahaha....
Enquanto isso, deixo aqui pra vocês imagens que não podem negar que um tamanho plus também pode ser super sexy.... seja você mesma.... seja lá de que tamanho for e descubra o glamour dentro de você.!!!!

beijocas,

Mari.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

"Autoanúncio" ou como vender você mesma

"Tenho 30 anos, 1,74, olhos azuis e cabelos castanhos. Fui fotojornalista com missões em Cuba e no Paquistão. Também sou divorciado. Espero que esse fato não amorteça seu interesse. Dificilmente se diria que sou uma mercadoria usada. Prefiro pensar que sou agora como um confortável par de sapatos amaciados"

Esse trecho, escrito pelo judeu Al Golstein, que extraí do livro "A mulher do próximo", do jornalista Gay Talese, me fez morrer de rir hoje. Golstein publicou esse autoanúncio em um jornal americano, na década de 50, disposto a encontrar sua cara-metade. Achei o modo como ele se descreve engraçadíssimo. Mas a graça não surtiu muito efeito nas leitoras do jornal. Apesar de ter deixado endereço e telefone, nenhuma pretendente respondeu de volta a Golstein

Li isso e fiquei pensando o que eu escreveria sobre mim, se fosse anunciar nas páginas de jornais à procura de uma cara-metade (que fique bem claro que sou comprometida, risos). E concluí que esse pode ser um dos textos mais difíceis de serem escritos. Como se descrever, sem parecer bobo ou egocêntrico?

Na primeira parte, como é de praxe, eu teria de me concentrar nas minhas características físicas. Mas além do tradicional: morena, 1,57, olhos castanhos, há outras coisas que poderia destacar. Dizer, por exemplo, que tenho os quadris largos, herança da avó paterna, cairia mal, muito mal, risos. Peitos sem, eu disse sem, silicones é algo que pode dizer muito sobre uma mulher hoje em dia, mas isso poderia ser interpretado como um apelo sexual. Melhor não colocar isso, risos.

Na segunda parte, eu falaria das minhas qualidades. Claro, ninguém vai sair por aí gastando linhas do anúncio pra falar dos defeitos. Aí vem à minha cabeça coisas do tipo: extorvertida, comunicativa, faladeira, briguenta, ops, esqueci que ninguém fala do lado B.

A terceira parte, e não menos importante, é eu  deixar claro o que procuro no anúncio:  relacionamento sério, amizade, namoro. Bem, fiquei pensando que tudo isso é mesmo desgastante. E me diverti aqui ao fazer meu próprio anúncio. Fiz uma opção séria e uma escrachada. Avaliem e me digam quanto estou valendo, hahaha. E tentem fazer o anúncio de vocês. É divertido!


"Tenho 32 anos, 1,57, cabelos e olhos castanhos. Sou jornalista. Passo os meus dias escrevendo e reescrevendo textos. Nas horas vagas canto e de vez em quando busco energia na corrida. Gosto de rir e de fazer os outros rirem"


"Sou uma balzaca de 32 anos, sem filhos, sem casa própria, sem lenço, mas com os documentos em dia. Gosto de sair pra beber e dar gargalhadas, dessas que dão pra ouvir da sala ao lado. Corro contra o tempo e pra ver se emagreço. Ah, nas horas vagas canto e escrevo no blog"
 
Irma

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Uma irmã mais que querida

Como vocês perceberam, andei afastada do blog. Tenho levado minha mãe a médicos, o que, claro, mexeu com minha rotina. Mas está tudo caminhando bem e ela terá mesmo que fazer uma cirurgia. Estou confiante e tocando as coisas "como o velho marinheiro que durante o nevoeiro leva o barco devagar".

A boa notícia é que minha irmã mais que querida está vindo ficar duas semanas com a gente. Já contei aqui no blog que ela mora nos Estados Unidos. Não a vejo faz um ano, quando passei férias por lá. Estou ansiosa pela chegada dela. Nos últimos dias, li muitos textos nos blogs de muitas amigas que fiz aqui na internet sobre a importância do pai na vida da gente. E, hoje, queria falar da importância dos irmãos. Eu amo ter minha irmã, contar com ela, tê-la por perto mesmo à distância.

Minha irmã é dessas pessoas encantadoras e divertidíssimas. À primeira vista, quem a conhece a imagina séria. A Mari lembra bem disso, logo quando a conheceu. Tudo fachada. Melzinha é pra lá de despachada, tira sarro de todo mundo, até do marido dela. Outro dia, soube que meu cunhado foi dormir em outra cidade, a trabalho, e teve de dividir o quarto com outro colega do serviço. Não é que a palhaça da minha irmã encheu a cabeça dele dizendo que o cara poderia atacá-lo à noite? Ela ficou fazendo a maior cena e ele, claro, acreditou. Só depois ela contou que era piada, com sua gargalhada inconfundível, que puxou de papai, outro exímio humorista (como todo bom carioca).

Quando éramos crianças, costumávamos assistir ao programa "Cidade contra Cidade", no SBT. Lembro bem do dia em que a cidade de Amparo ganhou a gincana. O prêmio era uma ambulância. O prefeito da época estava no estúdio e desmaiou durante o programa. A Mel, ainda pequenininha, olhou pra mim e disparou: "Legal, ele já vai estreiar a ambulância". Eu morri de rir com a tirada dela.

Ela é assim. Tira sarro de tudo e de todos. Faz amizade com todo mundo que conhece pela frente. É daquelas que vai a uma loja e logo sai com o telefone da pessoa com quem estava conversando. E ter alguém assim ao lado da gente faz um bem danado. Como diria Guarda Belo, namorado da Bela, a "Mel é completamente doida". E doidos são pessoas pra lá de felizes, que espalham felicidade por onde passam.

Além dessa alegria, a Mel é uma das pessoas mais generosas que conheci em toda minha vida. Ela é três anos mais nova que eu. E sempre quando ela ia a uma festinha que eu não podia ir, ela voltava com coxinhas e brigadeiros embrulhadinhos num guardanapo, que ela escondia numa bolsinha, pra me dar. Em qualquer lugar que  estivesse, ela sempre se lembrava de mim. Saber que ela está chegando, me enche de alegria. Sei que passarei duas semanas rindo à toa, saindo com ela e minha mãe para passeios deliciosos. E que ela trará mais força e amor pra gente.

Mel, saudades! Vem logo!

Irma

Invencível!


Aluguei neste domingo dois filmes fantásticos.  O primeiro INVICTUS, que conta a história da copa do mundo de Rugby em 1995, jogada na África do Sul após a vitória de Mandela como presidente e de como usando este esporte elitista e quase que exclusivamente branco em seu país, o transformou no símbolo de unificação do povo na nova África do sul que estava surgindo.

O filme é de uma poesia e profundidade tocantes.  Como alguém pode ser tão puro de alma!  Mandela não carrega ódio.  Ele deixa pra trás o que nao vale a pena carregar.  Mesmo que com isso tenha que encarar uma solidão imensa.  Mandela foi um homem muito só!  Dentro e fora da prisão.  Algumas vidas vêm como exemplo sempre.  O filme tem pureza de alma.  E quando realmente queremos, podemos e conseguimos vencer obstáculos, preconceitos, mas precisamos saber "olhar" as pessoas, os símbolos e as situações.! 

Coloquei abaixo a foto de Mandela e Pienaar, os verdadeiros, e depois do filme pode-se ver uma entrevista com Pienaar, gente que como Mandela faz a diferença! Sem contar que o homem é LINDO!!!!! Gente!



Outro filme maravilhoso que vi, e este já bem feminino foi: "A vida secreta das abelhas!"  Maravilhoso, feminino, tocante.  Com interpretações maravilhosas de Queen Latifah e Dakota Fanning mostra o mundo feminino e suas nuances, solidão, solidariedade, amor, violência, amizade, sensibilidade.



Como é importante para as pessoas em geral e para as mulheres serem e se sentirem amadas.  Terem liberdade.  Poder fazer escolhas.  A injustiça e incongruência do racismo.  Como o medo pode paralisar e por vezes nos fazer tomar decisões inacertadas.  Como a maternidade e paternidade, a família, são importantes e como o amor e bondade e pureza de coração e alma podem suplantar mundos!



Espero que vocês curtam!!

Beijocas,

Mari.





domingo, 8 de agosto de 2010

"Dia dos Pais"



O fato de uma determinada data ser marcada no calendário revela não somente sua importância econômica, pois afinal vivemos mesmo num mundo capitalista e o consumo é o que alimenta esta economia, mas também que houve um respaldo e uma resposta social para tal.

E não adianta, por mais que queiramos dizer, "ah, é apenas uma data inventada pelo mercado para fazer mais dinheiro...", se você é filho, pai, ou os dois, ou mesmo nenhum dos dois mais, ( pois seu pai, assim como o meu  já partiu desta ) a data tem sim uma representação emocional para todos.

Afinal a paternidade, assim como a maternidade, é de uma impotância imensurável! E eu não faço distinção não. Pais e mães, que são bons, são únicos. E querendo ou não adimitir, seus ensinamentos, comportamentos e atitudes, perante a família e a sociedade são o espelho que seus filhos usam para seu próprio comportamento, atitude e ensinamento.

Meus quatro irmãos hoje são pais e fico muito feliz quando lembro que o espelho deles foi o meu pai, que com todos os defeitos que tinha,  foi um homem tão especial e que no final de sua vida me disse uma vez:
"O melhor filha é que eu aprendi as lições!" Significando que não tinha simplesmente passado em branco.

Lutou contra seus próprios preconceitos, mudou suas opiniões arraigadas e arcaicas, soube quando se resignar e aceitar que nem sempre vencemos e que a vida nos dá muitas lições, teve que repensar sua arrogância masculina e se rendeu ao feminino e passou a admirá-lo!

Meu pai foi e é ainda pra mim um exemplo do masculino, que muda, que repensa, que respeita, que ama, que não se impõe pela força, que educa, que incentiva!  Esse é o masculino que merece amor, carinho e respeito. 

Espero que todos nós tenhamos o prazer de ter e ver nossos pais assim, mas aqueles que não o são sempre, que pelo menos tenham alguns momentos de amor! Afinal o que é ser pai ou filho ou filha ou mãe senão amor?  Em sua pura forma!

beijocas,

Mari.

sábado, 7 de agosto de 2010

Coisas boas de se fazer no frio!!!

Gente está um frio né??? 
Hoje ainda saiu este sol maravilhoso, o que dá uma grande animada, mas esta semana foi de um frio praticamente polar considerando nossa infra inexistente para frio superior aos 15 graus!

De qualquer forma ainda com este ensolarado final de semana, que também é do dia dos pais, PARABÉNS A TODOS OS PAIS!, vamos combinar que há diversas coisas legais pra se fazer no frio, aqui vão elas:

1- Tomar sopa.
2- Tomar vinho.
3- Tomar chá, café e outras bebidas quentes como quentão (eu adoro!, sou a maior cachaceira!!!), vinho quente, e vamos parar com os exemplos de Tomar por aqui ok??? hahahaha...
4- Bom, tenho que falar mais um, tomar banho bem quentinho...ai que delícia... embassar todo o banheiro e espelho!
5- Comer! Gente no frio comer á muito mais gostoso, e não se incluem frutas ou verduras a menos que quentes como em bolos e bolinhos....hahahaha..... Tipo o bolo de abóbrinha da Lili (que é doce!!!!! e delicioso.... ou bolinho de espinafre, de arroz, de mandioca com carne seca....
6- Abraçar, beijar, agarrar, deitar debaixo da mesma coberta, só tirar a roupa quando o amasso já está tão forte que se faz calor, e depois transar loucamente até suar, e sem cobertas que isso, de transar com cobertas não existe, só mesmo em filme. E é bem ridículo!
7- Tentar transar embaixo das cobertas....hahahahaha.
8- Cozinhar.
9- Passar roupa, gente há que se trabalhar também.
10- Ter o forno da cozinha ligado por horas, e a cozinha ficar bem quentinha.
11- Feijoada.
12- Cantar bem alto.
13- Fazer exercíco e suar.
14- Trabalhar, eu fico mais animadinha no frio.
15- Ficar deitada no sofá, embaixo do cobertor, com os pés entrelaçados nos de alguém que você gosta.
16- Comer pipoca.
17- Beijar de língua por horas....
18- Secar o cabelo com secador.
19- Dormir mais um pouquinho.
20- Ir pra cama cedo, seja lá por que motivo for.

E como está muito frio aconselho vocês a fazerem, se não todas, pelo menos várias das coisinhas listadas acima.  algumas só é possível fazer acompanhadas, mas deixei também várias opções para nós que estamos ainda sozinhas!!!!

beijocas,

Mari.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Às vezes dá um cansaço! Faça então a lista!

Não sei se acontece com todos vocês mas às vezes sinto como se a minha pilha só tivesse mais cinco minutos.  Eu me sinto tão cansada que é como se não conseguisse mais nada, nem falar, nem argumentar, nem pensar.... Quero só ficar sozinha.

Geralmente isso vem junto com alguma coisa que não está muito legal, ou alguns hormônios endoidecidos, ou alguma notícia ruim.

Mas é um sentimento de extrema impotência como se a própria vida estivesse tirando um sarro da minha cara pra ver quanto que eu aguento!  Porque geralmente eu aguento bem viu gente?!

Começou com as dores nos pés que começaram a me impedir de gozar plenamente os meus momentos Johnny (caminhadas....), então médicos, ressonâncias, mais exames, perda óssea dentária, tratamento caro, mais exames, fisioterapia, resolvi parar de fumar, engordei, a mãe de uma grande amiga está tendo que enfrentar uma doença terrível, dor nos joelhos, mais exames, ARTROSE.  Foi meio que a gota d'água.

E esse é o final de semana do dias dos pais e meu pai morreu a 8 anos e como quem lê o blog sempre, já deve ter percebido eu morro de saudades dele e o amava muito.

Então tô aqui meio que com dó de mim mesma, que é um sentimentozinho que não aprecio muito, e fico muito chorosa.  Olho um pouco mais pras pessoas e se bobear começo a chorar.  E o pior é que às vezes acho que não tenho o direito de me sentir assim, pois esses problemas são bem menores se considerarmos que amigos queridos estão no momento tendo que enfrentar barras muito maiores, principalmente no quesito doença.  O que, na verdade, devo confessar não ameniza em nada o que estou realmente sentindo.  Sei que vou dar o rebound.  Eu geralmente dou.  Mas nesse momento estou mesmo com vontade de me entrega pra essa tristeza que estou sentindo.  Principalmente porque acho que sou muito nova pra ter Artrose, e porque me parece mesmo uma brincadeira de mau gosto dos Deuses.



Bom, agora que já desabafei, pra vocês verem como sou louca, vou enumerar algumas vantagens que a vida me dá de graça:
1- Sou perfeita (hahahaha...no sentido de não ter defeito físico!
2- Tenho uma família muito legal.
3- Não casei com nenhum filho da puta (estou sozinha, mas antes assim né gente....podia estar apanhando!)
4- Tenho amigos maravilhosos, de verdade! Gente da mais fina flor!
5- Tem jeito! Pra tudo, afinal tenho um bom seguro saúde e estou tomando providências.
6- Tenho trabalho! Estou meio dura mas estou me segurando!
7- Vai passar, afinal tudo é passageiro menos o motorista e o cobrador!!!
8- Tenho carro! (transporte público é foda!)
9- Tenho casa e ela é muito bonitinha e é a minha cara!
10- Sou mulher, ou seja, com o tempo vou melhorando!!!!!hahahahaha...

Bom acho que estou começando a me sentir melhor!  Fazer esta lista nestes momentos é muito importante.
Experimentem!

beijocas,

Mari.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Quando o teu chefe pira e mistura sexo com trabalho

Ontem tive um final de expediente surreal. Depois de quase três horas de reunião sobre um projeto que está atrasadíssimo porque quem decide saiu em férias, o meu chefe maior, começou com algumas perguntas pra lá de sem noção: o cara, pra me explicar que ele queria um evento inusitado, me perguntou sobre o que eu gostava no sexo!!! Inclusive com categorias e exemplos!

Pode?

Num pode.

Mas ele insistiu. Falou que somos adultos, que sabemos o que queremos e como queremos, e que ele gosta do diferente, do inusitado. E eu pensando: "Ahã... e o que é que euzinha tenho com isso???"

Na boa, assédio sexual 100% garantido, né? Mas tudo bem, como boa profissional (no bom sentido, girls & boys...), encarei a conversa como a coisa mais tranquila do mundo. Fui um menino falando sobre sexo e deixei a coisa tão clara (inclusive sobre qualquer chance de rolar alguma coisa...) que, sinceramente, acho que nunca mais o rapaz falará sobre isso novamente comigo... hehe!

Mas fico pensando o que acontece com outras meninas... No mundo de hoje ainda temos que sofrer (sim, porque não foi legal ter que ser simpática e sair fora de um monte de perguntas nada a ver!) com esses homens que confundem tudo. Só porque o cara é o "chefe" ele pode falar o que quiser? Desde quando?

E o que acontece quando denunciamos ou comentamos o fato? Geralmente, a coisa pesa para o nosso lado... Não é fácil escapar dessas armadilhas. E ainda ficamos pensando se fizemos alguma coisa meio dúbia... o que geralmente não acontece!

Eu mesma tive um outro chefe que quando conversava comigo não tirava os olhos dos meus seios. Mas eu nem uso decote!!! Ele fazia a mesma coisa com uma amiga minha! O mais supreendente é que comentando com um colega, a resposta foi: "mas também com aquele decote, é impossível não olhar!" -- Mas eu não uso decoooooteeeeeee... Imagina se eu fosse um mulherão?

Apesar de todo avanço, continuamos ganhando menos que os homens e continuamos passando por essas situações ridículas, onde, para segurar a onda e não prejudicar a nossa carreira, engolimos muita coisa. Meleca...

E depois me perguntam por que quero mudar de emprego...

Um cheiro,

Zoe.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A criança dentro de você!



Hoje quando estava indo dar aula agora à noite comecei a me lembrar de meu pai e como ele ria.
Em casa ele era muito engraçado e contava um monte de piadas idiotas, que ele mesmo morria de rir.
Era um homem de muito bom humor além de ser super carinhoso.

Então me lembrei de como ele dançava bem e adorava dançar.  Sempre que tinha uma festa ele e minha mãe dançavam à beça e ele sempre ficava meio alto e rindo à toa.  Dançava comigo, me ensinou a dançar mesmo quando eu era criança. Ele era festeiro, gostava de festa, de dançar, de churrasco em casa, de conversar, de contar causos, e piadas cretinas, de tirar sarro das pessoas, mas principalmente ele gostava de abraçar e beijar. Abraçava e beijavva eu e meus irmãos todos os dias, quando ia e quando voltava!
Meu pai era uma pessoa que gostava de pessoas! Gostava de conversar, de rir, de ajudar quando ele podia.
Mas ao mesmo tempo era um homem tímido, dá pra crer? Ele precisava se sentir à vontade pra ser o seu eu completo!

Isso é muito importante e enquanto estava lá no trânsito me lembrando dele e dele dançando "samba canção", como ele falava que ele adorava, eu me dei conta que meu pai nunca perdeu a criança dentro dele!
E isso é o que o tornava especial. Mesmo passando por tantos e tantos percalços, pois houveram algumas fases muito difíceis em minha família, em relação à saúde, dinheiro... mas ele sempre fez o possível pra não perder a risada e nem o abraço!

Acho que isto é o que guardo de mais especial dele. E acho que é o que todos nós temos de mais especial!
Nossa criança, nossa melhor essência!

beijocas,

Mari.

domingo, 1 de agosto de 2010

Tá faltando mulher no mercado


Um amigo solteiro, à procura, me disse uma coisa ontem que me fez gargalhar:

- Está faltando mulher no mercado.

A conversa foi por MSN. Eu imediatamente disse a ele:

_ Vc tá louco? Eu sempre ouvi que tá é faltando homem.

Ele foi direto:

_ Sabe qual é o problema? É que as mulheres reclamam que faltam homens bonitos, inteligentes, bem-humorados, com grana e bons de cama. Elas querem tudo isso no mesmo fraco. Aí, vai faltar mesmo. Do mesmo jeito que também faltam mulheres que preencham todas essas qualidades juntas.

Vendo por esse lado, meu amigo tem razão. De fato, tem muita gente exigente, que não se permite dar uma chance. Porque príncipes encantados não existem mesmo. GRAÇAS A DEUS. É preciso ter o pé no chão para ver os defeitos do pretendente. Isso não significa aceitar qualquer bagulho que aparece no caminho. Mas ser exigente demais, não ajuda ninguém.

Para mim, duas coisas são importantíssimas num homem: humor e inteligência. Já namorei rico, pobre, feio, bonito, gordo, magro, divorciado, com filho, sem filho. Mas nunca burro e mau-humorado. Eu simplesmente não conseguiria. Gosto de gente que ri e que me faz rir. Gente com olhar que acrescenta o meu olhar. Claro que namorei tranqueira na vida. Mas, no saldo geral, meus ex-namorados são bem bacanas. E todos tinham em comum o humor. Essa é a minha pré-seleção. Acho que toda mulher e todo homem deve ter a sua. Mas, como alertou meu amigo, querer tudo ao mesmo tempo e agora é bilhete de ida, sem volta, para a solidão. Ser feliz é questão de escolha. Mas escolher demais é auto-defesa.

Tem uma frase da minha avó que eu AMO e que resume bem o que meu amigo disse: "Quem muito escolhe, bosta recolhe", risos.

Irma